O post a seguir possui spoilers do livro A Tormenta de Espadas que ainda não foram abordados na série de TV. Leia por sua conta. Neste episódio foram adaptados os capítulos  Samwell I e Samwell III, Sansa III, Daenerys IV, Arya IX e Davos IV. Para ler o conteúdo geral desses capítulos, clique aqui.

Game of Thrones grita por uma estrutura de temporada mais sólida. A série precisa ter fortes episódios individuais. O episódio do qual este texto se trata conseguiu nos entregar isso, de uma maneira que apenas “Kissed by Fire” e “And Now… Ended” conseguiram. Que é aquela coisa de que, mesmo inventando cenas novas e estruturando as cenas de maneira não cronológica aos livros, vemos qualidade. A câmeras da Michelle MacLaren estavam realmente generosas, tanto com a belíssima cenografia de Yunkai (que parece cada vez mais um lindo épico bíblico nunca visto antes no cinema) quanto com a cena do banquete do casamento que estava tão cheia de elementos inspirados como a série deveria ter, sempre. E o episódio foi tão bom porque na verdade Dinklage o carregou nas costas. E é nessas horas que nos lembramos o motivo dele ser um artista tão premiado.

Todos sabemos das coisas pesadas que acontecerão no próximo episódio, o nono. E toda a temporada foi construída para este grande momento central e devastador do trabalho do R. R. Martin. Mas este conseguiu ser um episódio muito singular e iluminado de bons temas, boas atuações e um excelente texto (autoria dada a David Benioff e D.B. Weiss). Mesmo antecedendo o que veremos em 2 de junho.

“There’s no one worse than you”

O Cão é uma das únicas pessoas no mundo que não tratam Arya da maneira que ela odeia ser tratada. A honestidade de Clegane é algo maravilhoso e, embora esteja sendo bastante suavizada na série, comunica muito. Apesar de toda a luta de Arya durante todo este tempo pra encontrar a liberdade que ela perseguiu desde a época que ainda vivia confortável e quentinha em Winterfell, ela se vê constantemente nesta situação de ter que esperar. E é interessante isso porque a paisagem que ilustra a cena dela sendo conduzida para a família no cavalo com Clegane reflete a grandeza da sua esperança interior, de voltar pra casa e acabar logo com isso. De ter paz. Entender isso ao lado da pessoa que matou seu amigo (Mycah) é muito bizarro.

Arya, Sam e Tyrion são “segundos filhos”. Aqueles que são deixados de lado, que vivem a sombra dos filhos preferidos. Lorde Randyll Tarly fez questão de mostrar a vida toda que Sam era uma vergonha. Tyrion é a vergonha de seu pai. Arya constantemente envergonhava a mãe. Essa realidade da rejeição é algo que molda o caráter de uma pessoa. E é muito por isso que é tão fácil se relacionar com Arya e Tyrion, principalmente nos livros. E não com Sam. Porque Sam explicita isso, enquanto Tyrion e Arya vestem sua personalidade e a exibem com orgulho. Arya inclusive é o tipo de pessoa que quando tem fome, come bolota mesmo e acha divertido.

O detalhe da unha suja de Arya, ou o momento em que a lente se abre na pedra focando no rosto de Arya no começo deste episódio são detalhes muito significativos do trabalho da diretora, aqui. Essa cena foi uma adaptação de Arya IX.

Livro: Algo muito interessante sobre esse capítulo é o fato de Sandor chamá-la constantemente de wolf bitch (loba vadia). E ainda, a conversa sobre o Montanha. Em A Tormenta, Arya conta a Sandor que já havia sido capturada por seu irmão, e ele acha divertido que Gregor não sabia de quem ela se tratava. Clegane diz: “terei certeza de contar isso antes de cortar a cabeça dele”. Ela pergunta porque ele mataria o próprio irmão, e ele pergunta se ela nunca desejou matar um irmão… ou irmã, percebendo o ódio que ela sente por Sansa. Sansa, a garota que lhe cantou uma canção…


Acho que a personagem de Daenerys encontrou neste episódio um excelente equilíbrio de suas faculdades, desejos, vontades e foco. Muito por conta da forte presença que o personagem do Mero representa. Mas é algo mais sobre a própria atriz que soube muito bem encontrar a Dany dissimulada e inteligente, que sabe lidar com a opressão e com a dificuldade política e militar. E é algo muito natural da personagem, e que vemos em poucas outras pessoas na série. E é por isso que Dany é única.


Livro:
Essas cenas de Yunkai são adaptação de Daenerys IV. Tirando as caracterizações, a diferença principal é que Dany lida com duas frentes de mercenários. São os Segundos Filhos, mas também os Corvos Tormentosos a qual Daario faz parte. Não vou me demorar muito no conteúdo desse capítulo porque ele provavelmente se desenrolará nos próximos dois episódios. Só me pergunto se Dany ainda verá Qaithe nesta temporada. A mulher mascarada aparece pra ela na noite anterior a tomada dos Imaculados em Astapor, no livro. Seria muito bacana vê-la novamente na série trazendo um pouco das coisas proféticas que são tão legais.


Eu vi alguém no Twitter reclamando da morte de Mero, um não leitor. O cara dizia que a série continua, episódio a episódio, eliminando os melhores personagens. HAHAHA. É indiscutível que Mark Killeen fez um excelente papel aqui. Por outro lado fico pensando que o núcleo de Dany e “seus vilões” pode vir a ser uma grande repetição de si mesmos nas próximas temporadas.


E aqui, Dany faz exatamente o que Mero fez com ela mais cedo. A diferença entre a utilização da sexualidade dela e do Mero é que ela não está simplesmente buscando usar a brutalidade para vencer. Tanto que os dragões nem apareceram. Ela está mostrando a força real, e não a força prepotente que Mero estava exibindo. E essa cena de Dany exprime muito o papel da mulher nas histórias do Martin. Com algo bem menos intenso, elas passam as mensagens mais importantes.


Melisandre quer sacrificar Gendry porque o sangue de um rei tem poder e o fogo de Stannis está brando e, enfim, ela curte essas paradas e acredita (muito) nelas. A Melisandre é uma personagem que começa a ter capítulos a partir de A Dança dos Dragões, e algo fundamental sobre ela e seus rituais é revelado lá que não está sendo revelado na série ainda. Já que a série adianta tanto o caráter integral de personagens como Margaery, porque não o dela? Mas acho que isso é algo que pode não ser explorado na série.

Quando as coisas ficam feias, Stannis corre para conversar com a sua Mão. Pra quem não se lembra, Davos é Mão do Rei desde o episódio Blackwater, na série.

“Visenya Targaryen rode Vhagar, the smallest of the dragons, though still large enough to swallow a horse whole.”

E Sor Davos está lá aprendendo a ler em um dos livros da menina Shireen. Que momento fofo! Uma cena muito bonita e bem ilustrada na série. O Liam contou pra gente quando passou aqui pelo Brasil no mês passado, que essa foi a sua cena preferida para esta temporada. A cena em que Stannis e ele conversam na cela. E bem, realmente o núcleo de Pedra do Dragão, embora completamente descentralizado da história, está sendo muito surpreendente e bem feito (calma, chegarei na parte estranha das sanguessugas). Davos sabe argumentar com seu rei, ele é a Mão mais coerente, devota e… correta que conhecemos. Ele entende que seu rei anda perdido com poder da magia que essa religião sugere, mas ele não tenta fazer jogos de palavras, não é sarcástico, não tenta vencer. Ele argumenta com o básico, e de maneira bastante preocupada, como um homem que realmente está a serviço. Não sei se isso é correto, não acho que ninguém deva estar submetido a posse de alguém e no nosso país nos dias de hoje ninguém é preso por ‘traição’. Mas Davos se submete a isso com as mais nobres intenções.

Melisandre e Gendry
“The usurper Robb Stark. The usurper Balon Greyjoy. The usurper Joffrey Baratheon.”

A dúvida em relação a personagem de Melisandre foi colocada constantemente nesse episódio de maneira bastante sutil. A questão dela ser devota a R’hllor porque crê nele versus a devoção que ela tem à magia. Magia e religião são coisas diferentes? Selyse por exemplo, com toda sua devoção, crê mais em R’hllor ou na própria Melisandre? Quando ela oferece a Gendry a taça de vinho, dizendo que a qualidade do vinho é percebida no paladar é uma maneira dela dizer o quanto R’hllor se revela pra ela metafísicamente, e não como um conceito e seus temas, como vemos na Fé dos Sete. Ela crê em R’hllor porque ele se prova pra ela.

A cena das sanguessugas é algo bastante simbólico dos livros, mesmo que a maioria das pessoas não credite esse ritual à morte de Balon, Joffrey e Robb. Achei realmente fantástico, só não acho que Gendry deveria estar gritando naquele momento, não fez o mínimo sentido. E de onde ela tirou o sangue para o ritual realmente não importa. Acho que de longe essa foi a melhor interpretação da Carice na série, e a melhor maneira que sua personagem se expressou até hoje. A gente sabe que a Melisandre se utiliza do sexo pra criar as coisas que ela cria. E Carice faz isso de maneira natural porque, como ela mesmo disse, na Holanda é assim mesmo que se faz.

No livro: Essas cenas são adaptação de Davos IV capítulo que de fato Davos é nomeado Mão. Nos livros Stannis não o procura, Davos é levado a ele pelo Axel Florent. É nesse capítulo que Stannis diz a Davos que “a podridão do reinado de Aerys começou com Varys”, e que Robert deveria ter matado o eunuco e mandado Jaime para a Muralha, como Ned havia sugerido. Stannis nos faz achar Ned um babaca, não é mesmo? E ah! Enquanto na série Stannis diz que se viu em uma grande batalha na neve, no livro ele diz que viu “homens de negro com tochas na mão em um pico alto na floresta enquanto a neve caia, e que ao redor destes homens, sombras se moviam.” Creepy. Mas aqui ele fala da Muralha e a batalha contar os selvagens… não é?


A adaga de Daario é muito bem feita. Mas vamos falar um pouco da caracterização deste personagem tão importante no núcleo da Daenerys. Tirando o fato de ele ser bonito ou não (isso realmente não é relevante e beleza é algo subjetivo), Daario passou a sensação de ser uma tentativa bem forte de tornar esse personagem atrativo para a audiência. Como um mocinho e herói. Só acho que não podemos nos esquecer de que o Daario dos livros também é insuportavelmente confiante e meloso com a beleza de Dany. Não é como se ele fosse um personagem que inspirasse admiração genuína. E de caras esquisitos cheios de si a série já está cheia. Por isso acho que ele foi caracterizado de maneira que um cabelo azul não ditasse propriamente quem ele é. E ainda temos a visão romântica que o personagem tem de si mesmo, de “lutar pela beleza”, que é algo que realmente tem a ver com essa caracterização, mesmo que sua peruca seja a mesma da Cersei.

Cersei
“If you ever call me sister again, I’ll have you strangled in your sleep”

Acho que tivemos dois excelentes momentos de Cersei aqui, com os irmãos Tyrell. Margaery é muito mais nova do que Cersei, e muito mais inteligente. Mas Cersei não é Sansa. Cersei é uma Lannister e está com o saco dela bem cheio de tudo isso. A maneira como o texto colocou a história da casa Reyne ali foi bastante adequada (contando com o sinistro fato que a música que conta essa história é o nome do próximo episódio), mas ao mesmo tempo é estranho que Cersei tenha tanto orgulho de sua casa quando seu próprio pai a coloca nessa situação merda. Todos continuam nessas situações merda por causa de suas famílias e isso é maior do que se sentir um lixo o tempo todo. Honra e dever primeiro.

A própria vó Olenna ali, zoando com a própria família mostra todo o absurdo da situação. Além de mostrar também que Olenna é sem noção com todo mundo e não só com quem ela quer brincar.

Perdemos o simbolismo da troca de mantos aqui, né? Sansa não usa o manto Stark na série. Mas antes eu gostaria de falar sobre a dimensão deste casamento, algo que tomou nossos olhos durante o episódio. O tamanho do septo é realmente incrível, e a cena e todos os seus componentes pareceram maiores do que no livro. O que me fez pensar em como será abordada a cerimônia de Joffrey e Margaery. É o casamento do rei, e certamente deverá ser ainda maior do que o que vimos neste episódio. Mas voltando aos pequenos detalhes modificados em relação ao livro, o fato de que Sansa não se recusa a se ajoelhar para aceitar o manto Lannister tem muito a ver com o papo que ela e Tyrion tiveram no começo deste episódio. Sansa não precisou se rebelar, se bem que mesmo assim ela poderia. Ela vive em um mundo onde homens como Tywin Lannister decidem quem deverá colocar um bebê em sua barriga, quando e onde. O take que mostra a diferença do tamanho entre os dois ali no altar espelha muito a distância emocional dos dois. Que embora estejam ali decentemente cumprindo seus deveres, possuem outros sonhos, outros amores, outros desejos. Um espelha a falha do outro. Tyrion jamais se interessaria por uma garota como ela e vice-versa. E ambos sentem-se humilhados e presos, por diferentes razões. E há a obrigatoriedade do sexo e da linhagem, a idade de Sansa… É claro que Tyrion pode fazê-la feliz, e é claro que de todo os homens em Westeros inteiro, ele seria o melhor marido, o melhor amigo e talvez o melhor amante. Eu me casaria com ele. Mas isso não deve ser uma obrigação, deve ser uma escolha. Ela deveria ter esse direito, e não tem.


O casamento e as festividades posteriores foram sem dúvida o destaque da noite. Toda aquela situação serviu muito pra simbolizar o quanto todas aquelas pessoas estão presas a deveres completamente absurdos e sombrios. Casamentos foram feitos para ser essas grandes, belas e divertidas ocasiões simbólicas e cheias de amor. Mas a realidade é que, mesmo na vida real, poucas vezes eles são. No caso de Game of Thrones, a grande maioria das pessoas (que importam) estavam mergulhados em uma miséria emocional sem limites. Eu adoro a forma como o ambiente que foi montado ali era agradável mas bastante escuro, meio que para manter qualquer sentimento de positividade longe daquela situação. A atuação de Peter Dinklage aqui foi a melhor de toda a temporada até agora, e me arrisco a dizer que essa explosão de Dinklage foi bastante coerente com o fato de que capítulo após capítulo ele foi tratado como uma sombra a espreita do reino, quase que insignificante (no texto, porque para o pai não é quase, é certeza). Quanto a Sansa, acho que temos algo bem único aqui também, mesmo que a sua armadura de cortesia falsa lhe tenha sido tirada quase que integralmente do texto, porque ela não precisa usá-la uma vez que Tyrion tenha sido transformado nessa espécie de “anjo” que não condiz muito com o que conhecemos no livro. Mas vou dizer que gosto bastante dessa versão do Tyrion, a maneira como ele pega na mão das garotas com bastante humildade e delicadeza… É legal. É uma abordagem muito convencional do personagem, mas acaba sendo legal sim. Principalmente quando pensamos que esse é o Tyrion que bebeu, envergonhou o pai e a esposa, ameaçou castrar o rei, derrubou o vinho na roupa e deixou todo mundo desconfortável falando o quanto seu pinto é pequeno.

E mais tarde, é esse mesmo Tyrion que deixará de ser correto para matar o pai.

Não há uma única pessoa feliz com este casamento em nenhuma destas cenas. Joffrey não conta. Aquilo não é felicidade, é pura loucura, puro sadismo. Então, uau. Isso tudo foi arquitetado para que os Lannisters continuassem no poder do mundo. E isso não trouxe felicidade pra ninguém. Tywin nunca está feliz. Ou alguém aqui o viu dançando e rindo pra caralho? Me pergunto se Tywin realmente acha que os frutos dessas relações forçadas e completamente cruéis seriam realmente frutíferos, doces e agradáveis. No mundo em que vivemos há uma grande mensagem sobre o amor e sobre a importância de cuidarmos uns aos outros e Westeros cospe tanto nesses nossos conceitos mundanos que chega a ser mais insano do que deveria. Game of Thrones parece estar tão arraigado no estilo de vida dessas pessoas ‘insanas’ em Porto Real que isso talvez tenha se tornado algo muito maior do que deveria ser. E é maravilhoso, não estou criticando. Mas é tão fora da realidade quanto dragões. As cenas deste casamento são uma inspirada adaptação de Sansa III.

Corrão, manolos!
Aaaaaaarrrgh!

E temos as últimas cenas que contemplam Sam, Gilly e o bebê. A cena deles conversando naquela cabana velha e gelada em Brancarbor foi muito longa e a sensação de que algo estava estranho ali era muito crescente enquanto ouvíamos mais e mais corvos crocitando do lado de fora. Naquele momento Sam foi a última linha de defesa para sua amiga e o bebê. E é por isso que talvez Sam, the Slayer tenha tido coragem apenas desta vez. Trata-se de sua amiga, a garota que ele decidiu proteger e levar a Castelo Negro em segurança. E é por quem, pela primeira vez, ele se sente útil. “Eu sou a espada na escuridão”, dizem os votos da Patrulha.  E esse conceito foi muito bem representado aqui. Tem um gosto talvez um pouco doce demais, mas dá mais sentido a relação deles.

Ao ser atingido pela adaga, o White Walker congela até a morte. Hum…


Essas cenas com Sam adaptam os capítulos I e III dele no livro, sendo o primeiro a do Sam Matador ainda no Punho dos Primeiros Homens, e o segundo a parada em Bracarbor e Mãos Frias.

No livro: Sam é acordado com a sensação de formas se movendo em sua direção. O cadáver de Paul Pequeno move-se em direção a ele e ele tenta apunhalá-lo com sua adaga de obsidiana, mas fracassa. Desesperado, Sam tenta afastá-lo com alguns gravetos em chamas. Do lado de fora, os wights rodeiam Goiva e seu filho, depois de matar o cavalo deles. De repente, um corvo pousa nos ombros de Sam e sucessivamente milhares de corvos saem nos galhos da árvore-coração. Os corvos dizem para Sam: “Vá!”. Ele e Goiva fogem rumo ao sul…

Não tivemos Mãos-Frias, mas acredito realmente que ele ainda aparecerá entre esses dois últimos episódios, os corvos inclusive fazem parte dessa situação. Acredito que a jornada de Sam está sendo muito bem contada, com uma cena sendo justificada pela outra apesar das mudanças em relação ao livro. Essa última cena foi realmente divertida e o White Walker fica muito assustador a noite. Acho que terminar o episódio em uma cena envolvendo uma árvore coração foi bastante curioso. Se é R’hllor quem irá vencer o Grande Outro com uma espada flamejante, porque foram os velhos deuses quem olharam por Sam naquele momento?

[x] Em todas as minhas resenhas sempre garimpo imagens e gifs do Tumblr pra ilustrar o texto. Aqui você encontrou imagens retiradas de sites como o wicnet, fuckyeahwinterfell, fuckyeahgameofthrones e capsofthrones. O trabalho desses tumblrs na criação e tratamento dessas imagens é muito bacana, bem feito, completo e especial. Não deixe de acompanhá-los.