Esse texto NÃO CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS e é destinado principalmente para aqueles que não terminaram ou sequer começaram a leitura dos mesmos. Se você já leu ou não se importa em saber o que vai acontecer, confira a análise COM SPOILERS, que em breve deve tá saindo por aí.
Talvez o título “Breaker of Chains” (Quebradora de Correntes) não se refira apenas à Daenerys e sua missão de acabar com a escravidão no mundo, mas também às várias “rupturas” que vimos ao longo do episódio, que para mim foi um dos mais temáticos da série até então. Sansa fugiu de sua prisão na capital e caiu em uma que pode ser ainda pior (ou não); Jaime (aparentemente) se libertou do domínio que Cersei exercia sobre ele; Margaery se viu livre do compromisso com Joffrey; Oberyn e Tywin discutiram os termos de um possível acordo; Arya caiu na real; Grenn e Edd Doloroso conseguiram escapar da Fortaleza de Craster e Tyrion… Bem, com ele aconteceu justamente o contrário.
O episódio começa onde o último terminou, com a horrenda cara de Joffrey focada pela câmera. Depois disso, presenciamos uma sequência de ação extremamente bem executada, com Sansa e Dontos deixando Porto Real sob os gritos desesperados de Cersei e as ordens de Tywin. A tomada aérea da cidade, onde vemos os dois fugitivos cruzarem becos vazios e, ao fundo, ouvimos os sinos anunciando a morte do rei é belíssima. Então, apesar de tudo, eles conseguem escapar, e Sansa é levada para um barco cercado de névoa e de mistérios. Alguém esperava encontrar Mindinho aqui? Deve ter sido uma surpresa daquelas. Especialmente para vocês, que não leram os livros. Ainda mais quando descobrimos que ele estava por trás do assassinato de Joffrey e que aquele colar teve alguma coisa a ver com isso. Após ordenar a morte do pobre sor Dontos, ele quebra facilmente uma das pedras azuis do colar e o atira sobre o corpo. Me pergunto o que acontecerá se alguém encontrá-lo.
Em “Valar Morghulis”, Mindinho prometeu ajudar Sansa a escapar da capital, e agora, quase duas temporadas depois, ele aparece e mostra que Daenerys não é a única “Quebradora de Correntes”. Mas será que existe um outro motivo por trás disso? Uma vingança pelo assassinato de sua amada Catelyn, talvez? Para onde ele está levando Sansa? Ele disse que a levaria para casa, mas nós sabemos que Winterfell está em ruínas graças à Ramsay Snow. Na sua última aparição, em “The Climb”, vimos Mindinho partir com esse mesmo barco para o Ninho da Águia, onde supostamente se casaria com Lysa Tully, a tia de Sansa. É pra lá que eles estão indo agora? Sabemos que é pra lá que o Cão de Caça está levando Arya. Será que as duas vão se encontrar? São muitas perguntas para um início de episódio.
Depois, vemos Margaery discutindo com Olenna seu futuro agora que o rei está morto. Desde “The Ghost of Harrenhal”, quando seu primeiro marido, Renly, foi assassinado, nós sabemos que o maior desejo dela é se tornar rainha. Olenna tranquiliza a neta, dizendo que os Lannisters ainda precisam deles, e que o próximo marido dela será muito mais fácil de se manipular, o que é uma prova do quão parecido é o pensamento dela e de Tywin. Margaery não parece muito contente (não tanto quanto a avó), o que talvez seja uma prova de sua inocência no assassinato de Joffrey. Além de linda, Natalie Dormer é uma ótima atriz. E acho que não preciso falar nada de Diana Rigg. Em cena, as duas parecem mesmo da mesma família!
Então, estrategicamente, a cena é cortada e vemos Tommem ao lado da mãe, velando o corpo do irmão assassinado. O discurso de Tywin foi um pouco longo demais para quem queria apenas dizer que manda no pedaço a partir de agora. Mas é Charles Dance, bitch. Let the man talk! Aqui vemos a diferença entre o novo rei e o antigo. Enquanto Tommem escuta atentamente a lição do avô sobre reis famosos do passado, Joffrey destruiu o livro que Tyrion lhe dera e que tratava do mesmo assunto. É de cortar o coração a expressão de Lena Headey nessa cena. Dá pra ver como ela sofre silenciosamente ao ver seu filho mais novo ser levado pelo avô enquanto o mais velho jaz morto diante dela. Palmas para a atriz.
Mas aí aparece Jaime, dando uma de pai presente pra cima de Tommem e depois, ao invés de confortar a irmã, só faz tornar a situação ainda mais humilhante pra ela. Se essa cena não era pra ser um estupro, como o diretor disse em mais de uma entrevista, então ele errou muito na direção. Se era pra ser um estupro, então foi ainda mais desnecessário. Cersei beija Jaime e depois se afasta dele pedindo que ele mate Tyrion pra ela. Um tipo de provocação bem condizente com a personalidade da rainha. Então Jaime, com raiva, a obriga a fazer sexo com ele ali mesmo, o que contradiz um pouco a personalidade que ele veio construindo desde que perdeu a mão ao proteger Brienne de um estupro em “Walk of Punishment”. A cena já continha sexo entre dois irmãos gêmeos, dentro de um septo e diante do cadáver do filho deles. Não precisava transformá-la em estupro pra que ela fosse chocante.
(Leia aqui o texto que escrevemos sobre isso)
Essa cena é muito parecida com uma cena do primeiro episódio da série, “Winter is Coming”, onde vemos o corpo de Jon Arryn ser velado da mesma maneira que Joffrey (embora o corpo dele estivesse na Sala do Trono, e não no Septo de Baelor), enquanto Cersei e Jaime discutem sua relação incestuosa de maneira menos violenta.
Embora não tenha sido um estupro, a cena de OberyNSFW e Ellaria no bordel foi quase tão constrangedora quanto para aqueles que assistiram o episódio ao lado dos pais. A série está claramente tentando nos forçar o Príncipe de Dorne goela abaixo, deixando cada vez mais evidente seu desejo incontrolável por sexo e vingança. E o pior é que está dando certo. Como não gostar de um cara que consegue ser, ao mesmo tempo, audacioso, debochado, violento, devasso e, ainda assim, extremamente racional? Como disse em uma de minhas análises anteriores, ele é como Tyrion, mas com altura apropriada. Isso faz dele um oponente perfeito para Tywin Lannister em um debate. Quem mais convidaria o Senhor de Rochedo Casterly e Mão do Rei para sentar na cama daquela maneira?
Quando os dois começaram a se acusar pelos assassinatos de Elia Martell e Joffrey, o vermelho do ambiente, que antes remetia à sexualidade, passa a contribuir com a tensão do diálogo. Ficamos sabendo que Oberyn frequentou a Cidadela, onde os meistres estudam venenos e todo tipo de coisa (mas o celibato provavelmente não era pra ele). Tywin diz que sua culpa pelo assassinato e estupro de Elia e dos filhos é relativa, e é sensacional como ele sorri ao afirmar isso. Ele então oferece a Oberyn o que ele veio buscar, o Montanha, além de um lugar no júri que definirá o destino de Tyrion e outro no Pequeno Conselho do futuro rei, Tommem. “Decisions”… A cena é sabiamente interrompida antes de Oberyn aceitar o acordo, mas nós temos que dar o braço a torcer: Tywin sabe como tirar proveito de uma tragédia de família.
E repararam como sempre escolhem Charles Dance pra contar as histórias e mitos do universo de R. R. Martin? Na segunda temporada inteira isso foi basicamente tudo o que ele fez em seus diálogos com Arya e, nesse episódio, além de ter ensinado ao neto um pouco sobre outros homens que se sentaram no Trono de Ferro, ainda mencionou a Guerra da Conquista em seu diálogo com Oberyn. (Para saber mais sobre a Guerra da Conquista e a resistência do povo de Dorne, acesse nossa wiki)
A cena em que Tyrion faz conjecturas a cerca do assassinato de Joffrey parecia pertencer a um episódio de True Detective. E o modo como essas suspeitas foram levantadas nesse diálogo entre eles pode indicar que o mistério não termina em Mindinho. Ele descarta Cersei, alegando que sua única qualidade é o amor que sente pelos e que, por isso, ela é a única que não poderia ser culpada pela morte, mas cogita que Tywin possa ter assassinado o próprio neto, já que “Joffrey não era um bom rei”. O fato do anão ter sido culpado também é um forte de indício de a Mão do Rei tem um metido nessa história, mas não chega a ser nada muito conclusivo.
A química entre Tyrion e Podrick é incrível, o que tornou a despedida deles muito mais triste e emocionante que a despedida de Tyrion e Shae no episódio anterior. É raro e bonito ver alguém ser tão leal a outra pessoa sem receber nada em troca além de amizade e respeito. Especialmente em um ambiente hostil como o da capital. “Jamais viveu um escudeiro tão leal.” Até mesmo Bronn parecer ter abandonado Tyrion, que agora só pode contar com Jaime para estender-lhe a mão.
Nota: Nessa cena, Pod revela que um homem desconhecido ofereceu a ele um título de cavaleiro caso ele testemunhasse contra Tyrion, alegando que esse teria roubado um veneno chamado “Estrangulador” – o mesmo que Meistre Cressen usou para tentar matar Melisandre em “The North Remembers”.
Enquanto ouvia a lição de Tywin a respeito das qualidades essenciais de um bom rei, não pude deixar de relaciona-las a Stannis. “Um bom rei precisa de fé”. Stannis tem fé. Uma fé distorcida em um Deus estranho para os Sete Reinos que ele espera governar, mas cujo poder parece ser irrefutável (as mortes de Joffrey e Robb Stark são possíveis provas disso). Força? Stannis provou-se um guerreiro formidável e um comandante rigoroso ao conduzir seu exército na Batalha da Água Negra. Justiça? “Não existe homem mais justo que Stannis Baratheon”, palavras de Davos, e nele sabemos que dá pra confiar. Mas Stannis não confia tanto, e talvez seja isso o que lhe falta… “Um sábio rei jovem escuta seus conselheiros e os dá atenção até a maioridade. Um rei ainda mais sábio continua a escutá-los por muito mais tempo.”
Stannis não é indiferente aos conselhos que recebe, o problema é que, na maioria das vezes, ele prefere escutar o conselheiro errado. Davos conhece navios e soldados, ele sabe como as coisas funcionam. “Visões e profecias nunca ganharam uma guerra.”
O rei sente que está perdendo também, o que é engraçado, pois é exatamente o que nós sentimos ao ouvi-lo falar. Com esse, já são dois episódios em que Stannis fica reclamando sobre sua situação ao invés de fazer algo para mudá-la. E quanto a carta da Patrulha que ele recebeu em “Mhysa”? Por sorte, nós temos o Cavaleiro das Cebolas, e é dele que parte a provável solução para levantar esse núcleo. Mas não podemos ignorar a preciosa ajuda de Shireen. Assistir esses dois em cena é sempre incrível. Aqui, todas as conversas a respeito do Banco de Ferro de Bravos começaram a fazer sentido. Era uma jogada que os produtores estiveram antecipando desde que Tyrion tornou-se Mestre da Moeda no lugar de Mindinho em “Walk of Punishment”. Agora, finalmente a carta está mesa.
Nesse episódio a série deu um semblante para os estragos causados pela guerra (aquele último quadro que vimos em “Two Swords”). Aliás, em vários momentos do episódio foi evidenciado o abuso e o sofrimento de camponeses, mulheres e crianças, que por causa das circunstâncias em que vivem, precisaram amadurecer muito antes do tempo esperado. Vimos isso na pequena Sally, em Guymon, em Shireen, nos escravos de Meeren e até mesmo em Tommem, que está prestes a se tornar o rei mais novo dos Sete Reinos (em todos os sentidos). Ah, não vamos esquecer que Arya é uma criança também, apesar de tudo que ela já passou na vida. Talvez por isso ela não tenha compreendido o motivo pelo qual o Cão de Caça, contrariando seu “código”, roubou as moedas daqueles que lhes ofereceu abrigo e comida.
Assim como Tywin, o Cão assume o papel de professor nessa sequência, ensinando a Arya daquele seu jeito nada educado como as coisas funcionam. Aliás, esse foi também um paralelo interessante entre ela e Sansa, que também não entendeu por que Mindinho teve que matar sor Dontos Hollard. “Homens mortos não precisam de dinheiro”. Quantos Starks precisam ser decapitados para que elas compreendam?
A primeira cena em Castelo Negro já nos dá uma boa noção de como estão as coisas na Patrulha, que tem apenas 100 homens incluindo Meistre Aemon, construtores e intendentes. Boa parte dos novos recrutas são ladrões e estupradores (talvez Sandor e Jaime pudessem ajudar), e isso preocupa Sam, já que Gilly é a única mulher ali no meio. Então, para protegê-la do assedio dos irmãos, “O Matador” decide levá-la para o bordel que eles costumam frequentar em Vila Toupeira. Que ideia genial, Sam! Especialmente agora que os Thenns estão à solta. Aí, vemos o casal cair no mesmo clichê de Shae e Tyrion. Ele quer protegê-la e, para isso, precisa afastar-se dela, mas ela acha que está deixando-o entediado, quando na verdade somos nós que ficamos entediados.
Mas é uma situação complicada, realmente. Como disse o próprio Aemon Targaryen em “Baelor”, no mundo em que eles vivem “o amor é a morte do dever”, e vice-versa.
Outro casal separado pelo dever foi Jon e Ygritte. Nesse episódio, pela primeira vez vimos ela e Tormund como aqueles selvagens perigosos a que Gilly se referiu. Embora ainda sejam duas menininhas ruivas perto de Styr, o Magnar de Thenn. A cena começa destacando aquela belíssima paisagem da Islândia. Bem diferente das geleiras que vimos na segunda temporada. Vemos algumas pessoas felizes conversando sobre o jantar , em um cenário que parece não pertencer a Westeros… Até que um flechada no olho resolve o problema. Não é a toa que a habilidade de Ygritte com o arco é tão referenciada. O massacre inicia-se e termina com a mesma velocidade daquela flecha, o que seria muito diferente se a cena pertencesse a um episódio da série Vikings, que abraça as batalhas com a mesma intensidade que Game of Thrones corre delas. Ainda assim, foi uma sequência muito bem orquestrada. Ao final dela, vemos o pequeno Guymon correndo em direção à Muralha depois de ter sido poupado para que avisasse os patrulheiros sobre o ataque. O que os selvagens querem na verdade é atrair os homens de Castelo Negro fazendo com que eles abandonem seus postos e, consequentemente, deixem o caminho livre para Mance Rayder. Ótimo plano para um exército de assassinos e canibais.
Felizmente temos Jon Snow, que impede os irmãos de cairem na armadilha. Foi muito bom ver Jon agindo como líder em alguns momentos desse episódio. Kit Harington, assim como Maisie Williams, me pareceu bem mais seguro no papel. O personagem também amadureceu muito desde a última temporada. Embora homens como Alliser Thorne e Janos Slynt sejam muito mais experientes, nenhum deles conhece os selvagens como o bastardo. E acho que esse conhecimento irá ajudá-los bastante quando Mance chegar à Muralha, o que ainda deve demorar a acontecer visto que, com um único sopro indicando o retorno de Edd Doloroso e Grenn, foi introduzido um novo plot em que os corvos precisarão matar Karl e os outros desertores que tomaram a Fortaleza de Craster durante a revolta que tirou a vida do Comandante Mormont em “And Now His Watch is Ended” para impedir que os selvagens descubram o verdadeiro contingente da Patrulha. Com essa história, os roteiristas podem nos enrolar até o momento da grande batalha, mas espero que isso não aconteça. Eu quero muito ver os gigantes.
Por falar em “And Now His Watch is Ended”, foi nele que vimos Daenerys conquistar Astapor com Drogon e seu então recém-adquirido exército de Imaculados. Agora, ela segue para a terceira e última cidade da Baía dos Escravos: Meereen. E que belíssima cidade! Um verdadeiro show de efeitos especiais! Ficou tão bem feito que perdoo o fato de terem clonado descaradamente os figurantes pra parecer que tinha mais gente observando a chegada de Daenerys nos muros da cidade. Talvez por isso tenham dado sumiço nos dragões.
Mas, sinceramente, nenhum dos três fez muita falta nessa cena. Daenerys sozinha já é bem intimidadora. Imagine com aquele exército de Imaculados em suas costas? Dá pra entender por que seus companheiros praticamente brigam por ela. Inclusive quando é pra arriscar a própria vida por ela. Verme Cinzento é o valoroso comandante dos Imaculados, Jorah, embora assombrado pela palavra “amigo”, é o mais valorizado de todos eles e Barristan vive se gabando por ser um dos melhores cavaleiros vivos, mas Daenerys nunca deixa ele provar sua capacidade, e isso é um pouco chato. Mas na verdade ela queria que Daario Naharis se oferecesse para a luta. Ele foi o último a se juntar ela, e ela queria que ele provasse seu valor e sua lealdade.
E ele provou.
Por mais anti-climático que tenha sido o final daquele duelo entre Daario e o campeão de Meereen, eu gostei tanto que comecei a dar risadas altas no sofá. Parece que cavalos são mesmo mais burros que homens. Mas embora o novo Daario tenha me feito dar risadas nessa cena, ainda não gosto muito da caracterização de Michiel Huisman. Na verdade, também não gostava muito de Ed Skrein, mas o Daario dele ao menos tinha algo que o diferenciava de um figurante barbudo qualquer do casamento de Joffrey.
E então Daenerys começa com seu discurso sensacional. Eu nunca me canso de escutar o valiriano criado para a série pelo especialista David J. Peterson. E, assim como na conquista de Astapor, quando Daenerys deu a ordem e as catapultas começaram a disparar seus projéteis, a trilha sensacional composta por Ramin Djawadi começou a tocar e foi arrepiante! Ao invés de destruírem a cidade, as catapultas atiraram barris cheios de colares de escravos que provavelmente pertenceram aos escravos que Daenerys libertou e às crianças mortas que foram colocadas no caminho dela até Meereen. Essa foi uma sacada genial! Uma verdadeira propaganda anti-escravidão e a “Quebradora de Correntes” sabia isso incitaria uma revolta por parte dos escravos de Meereen que, ao eliminarem seus mestres, facilitariam a tomada da cidade. Uma pena que isso tenha ficado pro próximo episódio.
E assim terminou “Breaker of Chains”, um episódio que, ao menos pra mim, foi o melhor da temporada até agora, com seus diálogos sólidos e cenas bem amarradas. Infelizmente algumas sombras pairaram sobre ele, como a do estupro de Cersei e a da morte de Joffrey, que foi a razão de muitos terem criticado o episódio por ele “não ter acontecimentos interessantes”. Querem que um rei morra toda hora? O que eu gosto mesmo na série são as estratégias, a liderança inspiradora de Daenerys, os perigos que sempre rondam a Muralha e as sutilezas e sacadas muitas vezes geniais dos diálogos travados na capital. Afinal, disso que é feito o jogo dos tronos.