Esse texto NÃO CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS e é destinado principalmente para aqueles que não terminaram ou sequer começaram a leitura dos mesmos. Se você já leu ou não se importa em saber o que vai acontecer, confira a análise COM SPOILERS, que em breve deve tá saindo por aí.
Essa semana, Alik Sakharov mostrou novamente o motivo pelo qual é considerado por muitos, inclusive eu, um dos melhores diretores de Game of Thrones (talvez depois de Michelle MacLaren e Neil Marshall, sendo que esse último é um caso à parte). A dúvida era se David Benioff e D. B. Weiss conseguiriam manter o bom ritmo de Bryan Cogman no último episódio, um dos melhores de toda a série até agora. Foi muito bom que “Mockingbird” tenha se igualado a “The Laws of Gods and Men”, ou até superado em alguns aspectos, já que nele tivemos mais acontecimentos chave que no anterior, como as decisões de Oberyn e Daenerys, a morte de Lysa e a descoberta de Brienne. Um episódio belíssimo, sem dúvidas. E parece que a tendência daqui pro final só é melhorar.
Comecemos falando de coisas boas. Eu realmente me identifico e gosto muito de Tyrion. Ainda mais diante da interpretação magistral do nosso Gigante de Lannister, Peter Dinklage. É realmente uma droga que ele esteja preso e na iminência de ser executado por um crime que não cometeu, mas essa foi a condição pra que nós pudéssemos assistir aos melhores “duetos” da temporada: Tyrion e Jaime, Tyrion e Bronn e, por último mas não menos importante (pelo contrário), Tyrion e Oberyn.
O episódio já começa com o primeiro dos três últimos amigos de Tyrion Lannister na capital confrontando ele a respeito de seu discurso no julgamento. Nesse diálogo, o anão confirma algo que eu tinha dito na minha última análise. Ele nunca foi um cara que fica parado enquanto outros decidem seu destino. Ele pediu julgamento por combate, principalmente, para arrancar o controle das mãos do pai, junto com o sonho do mesmo de ver Jaime como Senhor de Rochedo Casterly. Apesar desse detalhe da proposta do irmão nunca ter sido mencionado diante dele (não que nós tenhamos visto), não é muito difícil pra alguém inteligente como Tyrion deduzir.
Infelizmente não é de inteligência que homens como Bronn precisam, mas sim de ouro, mulheres, castelos e luvas mais macias que coxas de donzela. Já está chato ficar repetindo o quanto eu gosto de Jerome Flynn e de seu mercenário. E parece que gosto dele pelos mesmos motivos de Tyrion: por ele um bastardo vil e sem coração. É claro que ele ainda ama seu companheiro, mas ama mais ainda a ele mesmo, coisa que muitos homens sentem, mas poucos tem coragem de dizer. Bronn foi muito honesto nesse sentido, assim como foi Jaime ao admitir que não conseguiria derrotar Gregor Clegane sem sua mão da espada, o que sintetiza bem toda a transformação do personagem que a duas temporadas atrás era conhecido como o melhor espadachim dos Sete Reinos.
Ah, no primeiro diálogo também ficamos sabendo que Cersei não escolheria Meryn Trant como seu campeão. Qual é? Tudo bem que sabedoria nunca foi o forte da ex-ex-rainha regente, mas escolher um zero a esquerda como Sor Meryn para ser o campeão que executará sua vingança teria sido um pouco demais…
Enquanto Tyrion passou o episódio procurando desesperadamente alguém que pudesse lhe fazer justiça, Cersei parece não ter tido nenhum esforço, questionamento ou consideração emocional ao fazer sua escolha. Ao contrário do Cão, seu irmão, Gregor, não parece ter nenhuma fraqueza. A cena de introdução dele foi um clichê típico de Game of Thrones, mas extremamente necessária já que o personagem esteve sumido desde a segunda temporada. Coitados dos prisioneiros que tiveram que perder a vida só pra que nós conhecêssemos o passatempo preferido do Montanha: matar. Nisso ele e Sandor concordariam. “Matar é a coisa mais doce que existe.” Esse devia ser o lema da Casa Clegane. Matar só não é mais doce do que Cersei caminhando sobre as tripas ainda frescas daqueles pobres homens. Assim como Oberyn, ela fará de tudo pra conseguir sua vingança. Cedo ou tarde ela sempre consegue. Mas acho que essa não foi uma atitude muito inteligente dela. O Montanha é capaz de quebrar (literalmente!) qualquer um no campo de batalha (apesar de ter perdido pro Loras nas justas do Torneio da Mão, na primeira temporada), mas escolhê-lo como campeão foi dar motivo pra Oberyn lutar pelo anão, e como vimos em “Two Swords”, o príncipe de Dorne tem suas habilidades. Mas será que ele é páreo pra esse monstro? Sede de vingança é um puta de um buff, mas suponho que teremos que esperar pra ver.
Eu também gostei de terem dado apenas uma fala para o gigante ali em cima. O halterofilista Hafthor Bjornsson (o terceiro a interpretar o papel) é sem dúvidas um dos caras mais assustadoramente fortes e torados do mundo, mas não parece muito capaz como ator, até por que ele provavelmente está encarando essa função pela primeira vez na vida. Tudo que ele precisa mesmo é ficar parado com aquela cara de quem comeu… ou melhor, de quem matou e não gostou.
Por falar no Oberyn… Depois das recusas de Jaime e Bronn aposto que todos estavam perguntando quem seria o campeão de Tyrion ou torcendo pra que ele mesmo enfrentasse o Montanha no combate (o que daria de fato uma belíssima canção). É claro que muitos como eu também já sabiam ou imaginavam que Oberyn se ofereceria para defender o anão, afinal, o personagem novo, apesar de muito foda, ainda não tinha mostrado a que veio nessa temporada. Mas mesmo tendo previsto, isso não diminuiu em nada nosso entusiasmo e excitação ao assistir essa cena.
Preciso dizer que os roteiristas acertaram a mão em todas as cenas de Tyrion desde que ele foi preso. Nesse episódio em especial, elas pareceram bem mais dramáticas. A própria cela parecia muito mais escura, lembrando bastante os momentos finais do nosso querido e saudoso Ned Stark na primeira temporada, quando ele foi preso por traição e visitado por Varys e sua tocha (bem que ele podia ter feito uma visita ao Tyrion também, seria o máximo!). Nessa última cena com Oberyn então, acho que todos tiveram extremo cuidado. Ela foi tão bem executada, por todos os envolvidos, que fica difícil acreditar que ainda venha coisa melhor por aí. Os dois atores foram incríveis. Impossível não sentir dó da cara de Dinklage enquanto ele escuta a triste história de quando Tyrion veio ao mundo, e de como foi preciso um estranho vir de Dorne pra dizer a sua própria família que ele era um bebê, e não um monstro. Agora, esse mesmo estranho é o único que pode ajudá-lo a sair dessa situação com sua “cabeça ingrata sobre seu pescoço ingrato”.
Repararam em como Oberyn coloca a tocha perto do rosto de Tyrion a fim de ver sua expressão quando ele fizesse o anúncio? Acredito que ela foi bem parecida com a que nós fizemos em casa. Eu não estou exagerando nem um pouco quando digo que tive arrepios ao final dessa cena. Como a metáfora da cela negra iluminada pela tocha fez questão de mostrar, Oberyn foi a luz no fim do túnel para Tyrion. Simplesmente sensacional!
As boas cenas em dupla foram uma característica marcante de “Mockingbird”. Além de Tyrion e seus pretensos campeões, Arya e o Cão, Brienne e Pod e Daenerys e Jorah, Melisandre e Selyse também demonstraram uma química forte durante a cena delas no episódio. Diferente da nudez de Daario Naharis, que foi unicamente para agradar o público feminino da série (não estou reclamando. Afinal, elas também merecem, não é?), a nudez de Melisandre teve mais a ver com poder, com mostrar que aquele era o seu território, embora ela se dirigisse a Selyse como “minha rainha”. Foi algo parecido com o que vimos em “Second Sons“, quando Daenerys levantou-se do banho, ficando nua diante do próprio Daario. A belíssima Carice van Houten fica tão a vontade quando nua em cena, que tudo fica bem mais natural.
O diálogo delas a respeito da verdade também foi muito bem escrito, e ajudou a entender um pouco o fanatismo da esquisita esposa de Stannis. Melisandre realmente sabe como convencer as pessoas, e quando não consegue, pode sempre usar um de seus pós e poções (ou ficar sem roupa, né?). Me pergunto se aqueles frascos servirão pra alguma coisa no futuro. E o que foi todo aquele papo de que Shireen também precisava viajar com elas? Ela vive repetindo que “sangue de rei tem poder”, e agora que Gendry, o bastardo de Robert, desapareceu… Será que a sacerdotisa planeja torrar a garota?
Ver Daenerys evoluir de uma garotinha abusada e amedrontada pra uma mulher segura e com força pra exigir o que quer na hora que quer foi bem interessante. Começamos a perceber essa mudança quando ela assumiu seu relacionamento com Khal Drogo, e o modo como ela tratou Daario nesse episódio deixa bem clara tal transformação. Já fazia tempo que a série insinuava um interesse por parte dos dois. Algumas pessoas acharam a cena forçada, mas pra mim, se tem que acontecer, que aconteça logo, e que ambos sigam em frente com seus papéis.
Enquanto o interesse da maioria se voltou para a relação de Dany com o mercenário, sobre a qual ainda sou um pouco cético, eu preferi bem mais a dinâmica entre nossa khaleesi e seu principal conselheiro, Sor Jorah. Pobre homem. Se Daenerys precisa mesmo terminar com alguém, preferiria que fosse com ele. Mas é claro que quem tem que escolher isso é ela.
Como deu pra perceber nos últimos episódios, o lado extremamente passional e inexperiente de Dany ficou evidenciado pelas decisões tomadas por ela que eram quase sempre eficazes, sim, mas nem sempre justas como ela clamava. Nesse episódio, em contraponto a tudo isso, vemos ela agir sabiamente ao aceitar os conselhos de Jorah. Ele é quase como a moralidade dela, o equilíbrio. Aceitar enviar Hizdahr zo Loraq à Yunkai para negociar a rendição dos mestres é uma medida bem mais sensata do que sair crucificando a todos. O próprio Jorah, que foi exilado por Ned Stark depois de vender escravos no Norte e agora ajuda a libertá-los, é uma prova disso. Mas eu gostei mesmo foi de como ela mandou Jorah dizer à Daario que foi ele quem a fez mudar de ideia, o que foi mais inteligente ainda. Ela deu razão para o cavaleiro dar uma boa zoada no mercenário, o que certamente amenizará a dor de cotovelo do cara e, ao mesmo tempo, impedirá que Naharis fique se gabando muito por aí.
Lembram da lição de Tywin em “Breaker of Chains”? Com a atitude tomada nesse episódio, Daenerys se aproximou ainda mais daquilo que ele considera ser um “bom rei”, que no caso, é uma boa rainha… E põe “boa” nisso… Traje novo aprovadíssimo!
A participação de Jon nesse episódio foi mais uma preparação para a batalha que está por vir, assim como tudo que vimos dele nessa temporada. A cena começa com o sopro anunciando o retorno de patrulheiros através do mesmo portão que, mais tarde, Jon sugere que seja lacrado, o que de fato é uma estratégia bem válida já que 100.000 selvagens E GIGANTES não conseguirão escalar a Muralha juntos, todos ao mesmo tempo, recorrendo assim ao portão. Mas Alliser Thorne está tão cego pelo medo de perder a liderança para o bastardo que é incapaz de ver isso. Essa instabilidade no comando da Patrulha fica bem nítida na hesitação do Primeiro Construtor Othell Yarwyck, responsável pelo portão, que acaba ficando do lado de Thorne. E já está ficando chato ver Sor Alliser usar o cargo de Jon para tentar calá-lo. Quantos intendentes ali já viram um gigante? O cara sabe do que tá falando, pô! Os miseráveis deviam ao menos tentar escutá-lo, se não pelas próprias vidas, pelas vidas de outros inocentes que agora estão em risco por causa desse tipo de atitude mesquinha.
Apesar de curtas, as cenas foram muito boas pois, assim como todos os outros segmentos vistos no episódio, elas construíram algo para o futuro. Ah, e trancar Fantasma nos canis foi um ótimo artifício pra economizar no CGI até o dia da luta sem ter que dar um sumiço inexplicável no bicho, como fizeram com os dragões de Dany.
A cena do mercador ferido teve falas como “Nada não é melhor ou pior do que coisa alguma. Nada é apenas nada” inteiramente tiradas da peça “Esperando Godot”, principal obra do dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett. Ironicamente, todo esse papo a respeito do “nada”, na série, não serviu pra muita coisa. A não ser que Arya seja testemunha de algum julgamento no futuro (o que eu acho difícil), essa sequência serviu apenas como exercício de escrita para David e Dan, fãs assumidos desse tipo de literatura, além de tomar tempo de tela e dar abertura para a “participação-relâmpago” de Rorge e Dentadas, que foram vistos pela última vez em “…” A morte dele foi cômica, senão ridícula. Por que não atacar o Cão, que estava ferido, ao invés de ficar batendo papo com a guria da espada? Teve o que mereceu. Isso foi legal pra mostrar como Arya está se tornando uma assassina cada vez mais fria.
Foi bem poético que Arya e Sandor tenham sido os responsáveis pelas mortes de Rorge e Dentadas, um mal que ela mesma libertou em “What is Dead May Never Die”, quando a jaula que eles compartilhavam com Jaqen H’ghar pegou fogo e a garota… ou melhor, o garoto “Arry” os salvou. E a menina aprende mesmo rápido né? Em um segundo o Cão estava ensinando como acertar o coração de um homem e no outro ela já estava entregando a lição de casa. Mas o Cão também está aprendendo muito nessa jornada dos dois. A cena seguinte deles denota bem isso. Apesar dos xingamentos intermináveis no início, acabamos conhecendo um lado mais humano do cara, que se abre pra companheira literalmente despido daquela sua armadura impregnada de morte. Percebemos que a história dele é, em certos aspectos, bem parecida com história do Tyrion. Não é a toa que Cersei e Gregor agora formaram uma aliança pra acabar com a vida do anão. Os dois foram feitos um para o outro.
Péssima ideia mesmo foi ter deixado Arya costurar aquele ferimento. Ela pode ser excepcional com sua Agulha, mas se tem uma coisa que ela não aprendeu desde a primeira temporada foi a manusear agulhas de verdade.
Essa é a temporada em que vimos mais referências às demais. É quase como se os roteiristas estivessem querendo “amarrar as pontas soltas”. O que aconteceu com Rorge e Dentadas depois de Harrenhal? E Torta Quente? A aparição dele foi muito bem-vinda, o moleque é incrível. Eu só queria que o papo dele não se restringisse tanto à tortas de rim de vitela e piadas já feitas como aquelas envolvendo cavaleiros e armaduras ou “Winterhell”. Gostaria muito de saber mais sobre a Irmandade Sem Bandeiras, e quem sabe revê-los ainda nessa temporada.
Gwendoline Christie e Daniel Portman, dessa vez com a ajuda de Ben Hawke, serviram novamente como alívio cômico do episódio, que foi relativamente tenso de fato. A cena na porta da estalagem foi bem familiar, pois rimou em muitos sentidos com a cena de “Walk of Punishment”, quando Arya se despediu de seu companheiro. Além do cenário ser o mesmo, a própria recapitulação de Torta Quente sobre o que aconteceu com ele na estrada evocou o sentimento de que já estivemos ali antes, o que é bem legal. Aliás, a própria Brienne é bem parecida com Arya em certos, como o garoto fez questão de apontar, não é mesmo? Mas se ela estava procurando por alguém, fez sentido ter pedido a “versão curta” da história? Tudo bem, que o cara fala que nem um trator, mas se eles ficaram sentados ouvindo ele falar sobre torta rim de vitela, não custava nada parar mais um pouco pra ouvir a opinião dele sobre o que pode ter acontecido com uma das meninas que eles procuram. Ah, e por falar da torta, teve o pão em forma de lobo, que ficou bem melhor que o de “Walk of Punishment”… Parece que Torta Quente também andou evoluindo suas skills com o tempo, mesmo que longe da tela.
Arya Stark foi considerada morta desde a execução de Ned Stark. Acho que o fato de que um dos personagens principais da trama saber que ela pode estar viva é um tremendo de um plot twist. Me pergunto agora o que Brienne e Pod farão com as informações dadas por Torta Quente. Eles serão outra dupla seguindo para o Ninha da Águia ou vão procurar pistas sobre o paradeiro da Irmandade? O que significou aquele lance dos dois caminhos na estrada? Será que Brienne ignorou as conjecturas de Podrick?
Por falar no Ninho da Águia (que ainda não apareceu na abertura apesar de lugares como Bravos e o Forte do Pavor, que nem estiveram no episódio, terem aparecido), os jardins cobertos foram um excelente feito da direção de arte. E ajudou a estabelecer aquele sentimento de saudades de casa, assim como a interpretação de Sophie Turner e a música tema de Winterfell que tocava ao fundo. Foi bem inocente o modo como vimos ela se agarrar àquele castelo de neve, como se com o ataque de histeria do menino Robin, ele estivesse destruindo seu verdadeiro lar. Esse foi o motivo daquele tapa. Isso levou a aparição de Mindinho que começou a defendê-la e, quando questionado a respeito dos reais motivos pelos quais tinha matado Joffrey, disse que o fez para vingar a morte de Cat. Particularmente, eu tenho minhas dúvidas. Essa provavelmente é só uma parte da verdade, como eu já tinha comentado aqui, e acho que ele disse aquilo apenas para se aproximar mais de Sansa, o que parece ter dado certo.
O amor distorcido e não correspondido de Baelish passou de mãe para filha, e parece que agora ele fará de tudo para concretizá-lo de maneira que não conseguiu fazer com Catelyn. Foi impressão minha ou Sansa correspondeu àquele beijo em certo ponto? Ela só não esperava que sua adorável tia estivesse assistindo tudo.
A despedida de Kate Dickie da série certamente foi uma das mais memoráveis. Quem esperava por aquilo? Nos momentos finais, ao ameaçar a pobre Sansa, ela conseguiu transmitir toda a loucura de Lysa, e o último desejo de ter Mindinho para si quando a vimos sorrir ingenuamente antes de ser empurrada pelo Portão da Lua. Apesar de trágica, a morte dela teve um lado hilário e irônico sim. Mas diferente de personagens como Tyrion, Sandor, Jon, Daenerys e Stannis, que também tiveram seus conflitos fraternais em maior ou menor escala, Lysa não teve força e estrutura suficientes pra fazer algo a respeito disso. Até no fim, ela sentiu o peso da sombra da irmã cair sobre ela, e isso foi bem triste. O desempenho de Aidan Gillen aqui também foi o melhor dele na temporada.
Muitos questionaram o fato de o Ninho da Águia estar vazio e de ninguém além deles estar ali para presenciar aquela cena, bem diferente do Ninho que vimos na primeira temporada, lembram? Vale lembrar também que Mindinho conseguiu convencer Lysa a matar o próprio marido e mentir para a irmã, acusando os Lannisters pelo crime e iniciando uma guerra. Não deve ter sido nada difícil pra ele se aproveitar da paranóia já existente nela para convencê-la a trancar-se sozinha no castelo com o filho, deixando ali dentro apenas alguns poucos serviçais, que possivelmente são da confiança dele. Mas isso é apenas uma hipótese. Estou bem ansioso pra saber como ele vai explicar toda essa bagunça.
Pobre Lysa, é isso que dá ter uma queda pelo cara errado…
O nome do episódio, “Mockingbird” (Tordo), refere-se ao símbolo pessoal adotado por Petyr, da Casa Baelish, cujo símbolo original seria uma cabeça de pedra (reparem no broche que ele sempre usa). O tordo é comumente conhecido pela sua habilidade de imitar os cantos de outras espécies de pássaro, como se tirasse sarro de todos eles. E não é isso que nosso amigo faz o tempo inteiro? Ele já cantou como um Tully, como um Baratheon, como um Stark, como um Lannister, como um Tyrell. Mas e agora, o que ele é? Arryn? Stark ou Tully novamente? Difícil saber, mas arriscaria dizer que agora ele é, mais do que nunca, apenas Mindinho. E é cada vez mais claro que agora são os outros que dançam conforme sua música.
Pelo que deu pra ver no trailer do próximo episódio, parece que daqui a duas semanas teremos a tomada de Fosso Cailin, os selvagens chegando a Vila Toupeira e a luta de Oberyn contra o Montanha. Agora só nos resta esperar que esse maldito hiato, assim como Lysa Arryn, passe voando.
(Perdoem os trocadilhos.)