Há mais ou menos um mês, um pouco antes da edição gringa de O Mundo de Gelo e Fogo ser lançada, Elio García e Linda Antonsson, os co-autores do livro junto com George R. R. Martin, participaram de um AMA (Ask me Anything) no Reddit.
Elio, cubano-americano, e Linda, sueca, estão entre os maiores especialistas sobre a série e são consultados pelo próprio George em questões de concordância sobre os livros já há um bom tempo, e também são consultores da adaptação da HBO. Para quem não sabe, eles são os criadores do maior site sobre a série na atualidade, que fundaram em 1999, o Westeros.org.
Os dois responderam 20 perguntas feitas pelos usuários do subreddit dedicado às Crônicas, o /r/asoiaf, e trataram de assuntos como o processo de criação do livro, seu contato com George, as partes que mais gostaram, e também opinaram sobre suas teorias preferidas (e detestadas). É bom avisar que o AMA contém spoilers de todos os livros da série principal, e alguns poucos do próprio Mundo de Gelo e Fogo. Confira:
1. Quanto da história de O Mundo de Gelo e Fogo GRRM incumbiu vocês de desenvolver independentemente? Vocês se vêem tendo autoridade no futuro para expandir o universo das Crônicas, quando GRRM parar de escrever sobre ele?
O plano original, lá atrás em 2006, era que nós trabalharíamos independentemente de George enquanto ele trabalharia no próximo livro. Depois de algumas discussões preliminares e de nós apresentarmos apenas um esboço da estrutura – que ele aprovou – nós começamos. O primeiro passo foi coletar todas as informações que tínhamos nos livros e em coisas que George havia informado a fãs em vários e-mails, leituras e afins. Felizmente nós tínhamos a Concordance e a coleção do So Spake Martin para ajudar com isso. Nós preenchemos o esboço com todas as informações relevantes para cada seção, e então continuamos a fazer nosso melhor para escrever o texto usando as informações que tínhamos. Por um longo tempo, George não esteve realmente envolvido (porque, novamente, ele estava ocupado com Dança). Porém, a ideia seria que quando ele terminasse, ele leria nosso texto e ajudaria a preencher buracos ou apontaria problemas com as informações que tínhamos como enganadas ou incorretas.
E isso aconteceu mais ou menos. George viu o texto, devolveu notas, preencheu lacunas… mas ele também percebeu que havia áreas da história ou da ambientação sobre as quais ele havia revelado muito pouco, tornando nosso trabalho bastante mais complicado. Ao invés de nos enviar um punhado de notas que nós encorparíamos (como imaginamos que ele faria), ele simplesmente sentou e começou a escrever… e escrever… e escrever. Ele escreveu muito texto, e com uma velocidade impressionante. Todas as seções foram enriquecidas. É parte do motivo pelo qual um livro originalmente contratado para 50 mil palavras terminou com 180 mil.
Quanto a nossa autoridade para criar história canônica e organizar detalhes, não, não mesmo. É o mundo de George, estamos apenas felizes de ter a oportunidade de ajudá-lo a compartilhar sua visão sobre ele dessa forma.
2. Teorias de fãs: a que vocês mais gostam, a que mais incomoda vocês, e a que vocês gostariam que fosse verdade.
Usando este compêndio de teorias, vamos falar de algumas…
Teorias favoritas: R+L=J é a óbvia. Nas nossas cabeças não é bem uma teoria, somos muito confiantes nela. Mas os mistérios permanecem, como por que as coisas aconteceram como aconteceram e assim por diante. Acreditamos que Aegon Targaryen é um impostor (mas nem ele nem Jon Connington sabem disso), conspirado por Varys e Illyrio e, sim, acreditamos que provavelmente ele é um descendente Blackfyre. Acreditamos que o Cavaleiro da Árvore que Ri é Lyanna Stark. Acreditamos que Alvorada, a espada da Casa Dayne, era originalmente a Luminífera de Azor Ahai, e que o Espada da Manhã é um cargo criado para portar e preservar a espada até que Azor Ahai renascesse (nós podemos ter originado essa, nos velhos dias poeirentos do fórum EEsite)
Mais irritantes: Qualquer uma com “heresia” no título. Qualquer teoria que faz alegações tênues ao fazer comparações esotéricas com mitologia (desculpe pessoal, George não trabalha bem dessa forma). Qualquer “teoria” que é simplesmente uma alegação que não pode ser 100% refutada mas que por outro lado não tem nenhuma base que não seja a conjectura mais rasa. Não, Quentyn Martell não está vivo. Não, Howland Reed não é o Alto Septão. Não, Roose Bolton não é um troca-peles que governou sua Casa por gerações pulando de corpo em corpo. Não, os Boltons não são descendentes ou aliados dos Outros. Não, não existe código secreto, relacionado a milho ou qualquer outro, embutido nos livros. Não, não existe a Grande Conspiração Nortenha (Elio é o fundador da primeira teoria que ganhou o nome de “Grande” no fandom das Crônicas, e ele acredita que pode dizer seguramente que se deve ter bastante cuidado com muitas camadas de conspiração. GRRM é um tanto mais direto que isso). Não, Tywin Lannister não foi envenenado. Não, a teoria do Cleganebowl – especificamente a versão que tem o coveiro anteriormente conhecido como Cão de Caça lutando em um julgamento por combate contra o experimento necromântico anteriormente conhecido como Sor Gregor Clegane – não vai dar em nada (apesar de os dois poderem muito bem se encontrar sob outras circunstâncias).
Teoria que nós sabemos esperamos ser verdade: Ashara Dayne é Quaithe da Sombra (É sabido.)
3. Algum de vocês foi autorizado por GRRM a fazer suas próprias contribuições ao lore? Se sim, de qual vocês se sentem mais orgulhosos, e se não, poderiam falar um pouco sobre seu processo de colaboração com GRRM e como ele foi estruturado?
Fomos sim. Muitos dos nomes de meistres e títulos de suas obras, e muitas anedotas relacionadas a esses textos, são “cores” que inventamos. Criar nomes de textos – Canções que os Homens Afogados Cantam é uma da qual particularmente sentimos orgulho – foi um dos nossos aspectos favoritos do processo. No corpo principal do texto, houve momentos em que pensamos que havia um buraco em nosso conhecimento que precisava de algum tipo de preenchimento, porque um meistre simplesmente saberia sobre. Nesses casos, nós especulávamos um pouquinho de história para preencher a lacuna, e então nós marcávamos (geralmente com uma nota dizendo que era especulativo, às vezes isso combinado com texto vermelho para realmente destacar) para que quando George lesse o rascunho, ele pudesse ver. Em alguns casos ele manteve o que havíamos especulado intocado, dizendo que estava OK. Às vezes, ele até continuava e elaborava, o que era particularmente satisfatório de nossa perspectiva. Um bom exemplo: sempre nos confundiu o por quê de os Tullys, nunca reis, nunca dignos de grande nota, terem sido aqueles que lideraram contra Harren Negro. Que houve com aquelas outras antigas casas reais, os Blackwoods e Bracken? Então especulamos que talvez algo houvesse enfraquecido aquelas duas casas significantemente durante o reinado de Harren, e George parece ter gostado bastante disso.
Em outras vezes porém, ele descartava o que havíamos escrito e fornecia a história “real”, que era invariavelmente melhor do que qualquer coisa que pudéssemos criar. Por exemplo, nós apresentamos uma versão bem breve e especulativa da história da fuga dos Roinares para Dorne. George coçou a cabeça e perguntou se havíamos tirado isso de algo que ele nos havia dito, e dissemos que não, que era puramente especulação ao invés de aumento de algum bocado que ele tinha compartilhado com fãs. Então, alguns dias depois, recebemos um arquivo enorme contendo sua história dos Roinares que era muito, muito diferente de qualquer coisa que poderíamos ter imaginado. Você pode ver parte desse texto aqui.
Tudo passava por George, no final, e tudo que era especulativo particularmente chamava sua atenção. É também digno de nota que quanto mais chegávamos perto do “presente” da narrativa, menos sentíamos que poderíamos tentar especular. A história antiga é uma coisa, porque o conhecimento dos meistres é imperfeito em relação ao passado distante (às vezes em relação ao passado recente, também, mas esse é um outro caso) e então nossos vôos especulativos de fantasia estavam mais propensos a coincidir com o que George considerava um provável conhecimento de meistre. Quando chegamos às vidas dos personagens das Crônicas, porém, a história é muito mais certa, e George tem uma ideia muito mais forte do que aqueles personagens queriam.
4. Vocês esperam novas teorias aparecendo depois de o Mundo de Gelo e Fogo? Alguma de suas teorias pessoais foram refutadas enquanto trabalhavam no livro com GRRM?
Estamos certos de que vão existir teorias sobre vários eventos históricos que vão aparecer depois disso. Coisas diretamente relevantes à narrativa das Crônicas? Bem, não teorias novas, mas algumas teorias atuais podem se ver ganhando ou perdendo fundamentos de acordo com o conteúdo do livro. Em relação a teorias pessoais, não, nada refutado. Tivemos algumas coisas confirmadas, ou no mínimo confirmadas satisfatoriamente, porém. Muitas vezes ficamos surpresos, porém, com coisas que George às vezes revelava, ou o modo como certos personagens históricos eram retratados que contradiziam o que esperávamos ver.
5. Eu realmente gosto do conceito de dois meistres com pontos de vista contraditórios e competitivos escrevendo a história, já que isso se parece muito com como a história antiga e medieval chega a nós hoje em dia. Vocês e GRRM basearam os dois meistres em historiadores históricos quando estruturam os pontos de vista do Mundo de Gelo e Fogo?
Não posso dizer que sim, pelo menos não no que concerne ao Meistre Yandel. Nós pesquisamos história medieval – principalmente as Crônicas de Jean Froissart, mas também a Vida do Rei Alfredo, de Asser, os Feitos de Frederico Barba Ruiva, de Oto de Frisinga, e alguns outros (Chandos, Anna Commena, Mandeville, Joinville, Giraldus, Procópio, e afins) – apenas como possíveis inspirações. Tiveram impacto principalmente na modo como lidamos com as “fontes” que nosso meistre usou, e deram alguma inspiração direta para algumas passagens.
6. Já que aparentemente vocês dois criaram boa parte do material no novo livro, houve muita consulta com GRRM para garantir que a informação no “Mundo” não fosse contradita por livros futuros na série principal, em Dunk & Egg, etc? Se sim, como foi esse processo?
Tratamos disso nas respostas 1 e 3: tudo que inventamos passava por George e ele usava ou não, como achava apropriado. Mas em relação a Dunk & Egg, uma das chamadas de conferência que ele fez foi especialmente relacionada a nos inteirar do que aconteceria com aqueles personagens pelo resto de suas vidas. Foi um abrir de olhos, para dizer o mínimo, e George foi incrivelmente aberto quando chegou o momento de traduzir tudo para o livro. Os leitores vão descobrir vários eventos envolvendo esses personagens que vão bastante além do “Cavaleiro Misterioso”. Mas, novamente, os detalhes são fascinantes, mas o drama está nos “porquês” e nos “comos”, então estamos igualmente ansiosos como qualquer fã para ler suas futuras aventuras, mesmo que nós agora saibamos um pouco do que está por vir.
7. Houve alguma coisa sobre a qual vocês gostariam de ter escrito mais no “Mundo”? Por qualquer razão que seja (vocês pessoalmente acham legal/spoilers/tinham que condensar o livro/etc.), houve personagens/histórias/lugares que vocês gostariam de ter expandido?
George nos forneceu um texto relativo à regência no reinado de Aegon III, em seguida ao fim da Dança dos Dragões, que realmente estava cheio de detalhes incríveis e personagens e eventos. No livro, nós temos, por necessidade, uma paráfrase bastante abreviada dele porque a seção tinha que ser proporcional a todo o resto, mas nós gostaríamos de poder ter colocado tudo ali. Foi um período incrível, cheio de intrigas. Os fãs vão ter vários divertimentos esperando por eles se George publicar o “Fire and Blood” depois que ele terminar a série.
8. Como ter um olhar “por trás das câmeras” sobre a produção de material canônico afetou o modo de vocês verem a série como fãs? Vocês ainda leem os livros com o mesmo prazer?
Em certa medida eu acho que poderia ser decepcionante, como levantar as cortinas que escondem o Mágico de Oz. Mas por outro lado, talvez tenha conferido uma maior apreciação ao processo de produção, como observar um vidreiro talentoso trabalhar.
Nós sempre nos divertiremos com a série e relê-la é um prazer… mas temos que dizer, estar envolvidos com a escrita desse livro em particular faz com que seja bem difícil para nós querermos relê-lo em breve; vai haver bastante gente muito mais íntima com o material publicado que nós, muito em breve. Em parte é simplesmente porque estamos muito cansados e trabalhamos nisso por tanto tempo, que torna difícil que tenhamos pressa de revisitá-lo em breve. Em parte, porque parte do nosso material favorito é composto dos trabalhos mais completos de George, e nós temos estes à mão para que sempre possamos ir direto à “fonte”. E em parte, pensamos que é porque agora qualquer releitura sempre será marcada por “Bah, queria ter colocado aquilo”, ou “Eh, isso poderia ter sido escrito melhor…”.
Nós agora entendemos porque muitos autores não parecem tão bem versados nas minúcias de seus mundos construídos quanto seus fãs mais intensos. É difícil revisar algo em que você trabalhou e olhar com o mesmo frescor de alguém que o vê como um fã e sem nenhum dos fardos de realmente estar envolvido em escrevê-lo. E com certeza nos deu uma apreciação muito maior da quantidade de esforço envolvida na produção de um livro como esse. Centenas e centenas de horas de trabalho estiveram na sua criação, do começo ao fim.
9. Vocês poderiam elaborar no processo que usaram quando criaram novo conteúdo para preencher as lacunas? Por exemplo, se vocês tivessem que criar uma nova casa ou expandir uma, como fariam?
Nós definitivamente evitamos inventar novas casas! Mas falando de um modo geral, o processo era nós percebermos alguma parte em que houvesse um pequeno buraco no conhecimento que seria necessário – nosso meistre saberia, acharia importante em qualquer material que ele estivesse discutindo, e então ele incluiria – ou talvez nós estarmos há muitas páginas sem nenhum tipo de barra lateral para dar uma cor. E então nós simplesmente fazíamos brainstorming para preencher a lacuna, ou para colorir. Como dito em outro lugar, todas essas coisas passaram por George para garantir que ele estaria satisfeito com elas, e ele as usou ou descartou como achou melhor quando leu nossos rascunhos.
10. Qual foi sua parte favorita que ficou de fora quando foram editar esse livro?
O relato completo da Dança dos Dragões. Na verdade, porém, os fãs já viram uma forma bastante redigida dele em “The Princess and the Queen”. Mas alguns personagens e acontecimentos desapareceram quase completamente.
11. Vocês podem dizer um pouco sobre como o George trabalha? Ele faz brainstorming, planeja, e faz o primeiro rascunho, e depois quem sabe o que ele faz, e depois outro rascunho, e depois reestrutura, e então a prova final. Parece que há diversos estágios de “pronto” e seria interessante saber como ele lida com uma tarefa tão grande.
Quando George finalmente levou sua mão ao livro, tudo que nós vimos basicamente foi ele ler nosso rascunho, e fazer algumas notas. Ele percebeu, como todos tínhamos, que havia vários lugares em que precisávamos de notas extensas e foi aí que ele se ofereceu para escrever algumas breves barras laterais, lançando-as como material do Arquimeistre Gyldayn. Então ele começou a enviar as barras laterais… e, bem, você o que elas viraram. Como ele fez? Não faço ideia. Vou te falar que a Parris nos disse George estava escrevendo como um homem possuído – Westeros simplesmente estava nascendo na cabeça dele, e ele se debatia à noite com todos os tipos de ideias borbulhando e então de manhã ele ia direto para o escritório colocar essas coisas no papel. A produção, e a velocidade dela, foram impressionantes. No meio tempo, George passou por cada uma das nossas seções rascunhadas e em muitos casos as expandiu e poliu de forma a encorpar mais as coisas, sem ir pelo método de “Aqui tem mais 10 mil palavras de texto novinho”.
12. Qual dos Sete Reinos foi o mais interessante de se trabalhar, e em que ele se destaca para vocês?
Dorne, mas também já somos fãs do lugar há um bom tempo. Como dissemos antes, George realmente nos surpreendeu com o material sobre Nymeria, e então ele criou um bom bocado enquanto trabalhava na história dos Targaryen. A resistência amarga e teimosa deles contra os Targaryens, seu envolvimento nos assuntos do reino em vários pontos da história, foram realmente interessantes. Tenho de dizer, o material dos Homens de Ferro também foi bastante intrigante. Vários pequenos pontos surpreendentes da história antiga deles.
13. O que vocês esperam que os fãs descubram?
Tudo! Nós não percebemos quantos novos “fatos” existem nessa coisa, mas é seguro dizer que existem centenas de novas porções de informação. Algumas são triviais, outras nem tanto, mas são novas e são parte de um cenário agora. Se existe uma coisa específica que achamos que os fãs vão considerar particularmente interessante, é provavelmente o relato do reino de Aerys II, o Rei Louco, já que é tão próximo dos assuntos das Crônicas de Gelo e Fogo.
14. Qual percepção de algum personagem que vocês anteriormente tinham mudou depois da leitura?
Viserys II. Há um bom tempo, George forneceu a descrição de Viserys e outros reis Targaryen para o artista Amok, e uma parte dizendo “perspicaz e calculista” deu uma certa indicação de como o cara era… mas então lendo sobre ele em sua juventude, no material de George sobre a regência no reinado de Aegon III, se encontra algumas surpresas. Perspicaz? Sim, mas eu diria uma espécie de vivacidade animada – uma criança esperta, cheia de vida e energia. Existem, infelizmente, algumas partes que deverão esperar pelo “Fire and Blood” para saírem, mas consideramos o jovem Viserys bastante simpático.
15. Qual foi a coisa mais difícil de cortar do livro?
Não vou dizer que foi cortado, propriamente, mas bem no começo uma das ilustrações planejadas seria uma carta celeste dos meistres, mostrando as constelações como elas existem no universo, marcando as “doze casas do céu” e assim por diante, como os meistres são bastante interessados em mapear o céu como parte de seu empenho para determinar a mudança das estações. Parecia um toque muito legal, apesar de um um pouco nerd. Infelizmente, foi algo que nunca saiu e foi cortado.
16. Houve algum material que vocês se lamentam de ter de cortar do produto final devido a espaço ou não ser possível encaixar na estrutura do livro?
Se pudéssemos ter usado todos os escritos de George, o faríamos, mas aí o livro teria alcançado 300 mil palavras e isso simplesmente não era factível. Esperamos que “Fire and Blood” saia depois que as Crônicas de Gelo e Fogo terminem.
17. Sobre o que vocês pessoalmente consideraram mais interessante descobrir ou descobrir mais detalhes durante a escrita do livro?
Difícil escolher só um! Os detalhes completes da Dança dos Dragões certamente foram um destaque. Também o relato das tentativas de Aegon Conquistador de conquistar e pacificar Dorne. Essas duas coisas têm algo em comum: uma quantidade impressionante de brutalidade, acima e além de qualquer coisa vista na Guerra dos Cinco Reis. As coisas podem ficar bem, bem feias nos Sete Reinos. Nos faz ficar com medo do quanto as coisas podem piorar antes de melhorarem (se melhorarem) nas Crônicas de Gelo e Fogo.
18. Qual é a história que vocês mais gostariam de ouvir que não saiu no “Mundo”?
Poderíamos ter visto muito mais sobre os Espadas da Manhã, e a história da Casa Dayne, mas, novamente, somos fãs disso. Tem partes novas e interessantes ali, com certeza, e uma ilustração gloriosa do ótimo José Cabrera… mas mais não faria mal, no nosso livro (como dissemos, somos fãs de Dorne).
19. Temos unicórnios, dragões, gigantes, manticoras, wyrms de fogo. Pode me dizer, esse livro vai nos informar se houve mais criaturas míticas em ASoIaF, e se sim, onde posso encontrá-las?
Certamente existem algumas outras criaturas estranhas mencionadas no livro. Sothoryos parece ser especialmente rico nelas, e existem estranhos “inumanos” habitando ilhas nas terras misteriosas do leste, no limiar do conhecimento da Cidadela.
20. Qual é o item mais relevante que nós vamos descobrir do Mundo de Gelo e Fogo que envolve a história das Crônicas de Gelo e Fogo?
Tem uma boa quantidade de informações concernentes a Tywin Lannister e sua amizade – e sua derrocada – com Aerys, com algumas implicações em assuntos relativos aos filhos de Tywin, e aos filhos de Aerys também. Além disso a penúltima parte da seção dos Targaryen concerne o grande torneio de Harrenhal, e alguns assuntos misteriosos que o cercaram.
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