Enquanto participava da 13ª edição do ThrillerFest, entre os dias 10 e 14 de Julho, George R. R. Martin foi entrevistado pela Publishers Weekly. O autor comentou sobre seu próximo lançamento, Fire and Blood, assim como as duas adaptações de seus trabalhos mais antigos que serão lançadas em 2018.
A respeito do livro de história da dinastia Targaryen, o autor declarou que, embora seja possível que o leitor compreenda a obra sem ter lido As Crônicas de Gelo e Fogo, a experiência se torna mais familiar com a leitura dos outros livros. Além disso, ressaltou que os leitores não devem ler Fire and Blood esperando um romance, pois ele é, na verdade, um livro de história imaginária.
Explicando o termo, Martin disse antes usava “história falsa”, mas muitos leitores sentiam que esta nomenclatura era o escritor desdenhando do seu próprio trabalho. No entanto, a intenção, era criar uma maneira de se referir à criação histórica de uma forma que deixe claro que, embora inspirada no mundo real, continua sendo sobre um mundo fictício.
Quando perguntado sobre a adaptação televisiva de Voadores da Noite, que deve ser lançada nos próximos meses pelo canal Syfy, George respondeu que não acompanhou muito de perto a produção, mas sabe que haverá diferenças em relação ao material original. O elenco será maior, a ação se passará no sistema solar e num futuro próximo, por exemplo. Sendo assim, a série não se passará em uma versão televisiva dos Mil Mundos.
Sobre a adaptação em quadrinhos de Santuário dos Ventos, Martin disse que, como um grande fã de histórias em quadrinhos desde a infância, se sente muito feliz em ver suas histórias sendo adaptadas para esse formato. Ele também acredita que Santuário dos Ventos é bastante adequada para este tipo de adaptação, e que o resultado ficou “esplêndido”.
Especificamente sobre o universo dos Mil Mundos, Martin delineou as diferenças entre ele e o mundo de As Crônicas de Gelo e Fogo, frisando que não há muita influência de um sobre o outro. Enquanto o universo das Crônicas é um “mundo secundário” tradicional, como o de Tolkien, os Mil Mundos são uma espécie de “história futura”. Não existe a necessidade de conectar tanto as histórias, e pelo fato de o universo não ser tão bem delineado, é sempre possível apresentar novos planetas e sociedades que não possuem nenhum (ou quase nenhum) contato com as que já haviam aparecido.
Ainda na Thrillerfest, George também foi entrevistado por sua editora Anne Groell, e o vídeo pode ser assistido no Facebook.