O calendário As Crônicas de Gelo e Fogo de 2023 tem como tema o livro Fogo & Sangue, e já está disponível nas melhores lojas do ramo. As treze ilustrações que compõem a nova edição da tradicional publicação foram criadas por diversos artistas já conhecidos pelos leitores de George R. R. Martin, e alguns estreantes.

A Sala da Mesa Pintada;

Arte do mês de janeiro, por René Aigner.

Um mito comum, muito frequente entre os ignorantes, afirma que Aegon Targaryen jamais havia posto os pés no solo de Westeros antes do dia em que zarpou para conquistar o continente, mas isso não pode ser verdade. Anos antes dessa viagem, a Mesa Pintada fora esculpida e decorada por ordem do lorde Aegon: uma placa colossal de madeira, com cerca de quinze metros de comprimento, esculpida no formato de Westeros e pintada para representar todas as florestas e cidades, todos os rios e castelos dos Sete Reinos. Claramente, o interesse de Aegon por Westeros era muito anterior aos acontecimentos que o levaram à guerra.

Fogo & Sangue – A Conquista de Aegon

A Queima de Harrenhal;

Arte do mês de fevereiro, por Marc Simonetti.

Quando os últimos resquícios de luz do sol desapareceram, os homens de Harren Negro observaram fixamente a escuridão que se adensava, agarrados a suas lanças e bestas. Ao verem que não aparecia nenhum dragão, alguns talvez tenham pensado que as ameaças de Aegon eram vazias. Mas Aegon Targaryen levou Balerion até as alturas, através das nuvens, para cima, para cima, até o dragão ficar pequeno como uma mosca diante da lua. Só então ele desceu, direto dentro das muralhas do castelo. Com asas negras feito breu, Balerion mergulhou na noite e, quando as grandes torres de Harrenhal apareceram debaixo dele, rugiu com sua fúria e as cobriu de chamas negras, entremeadas de labaredas vermelhas.

Pedras não queimam, alardeara Harren, mas seu castelo não era feito apenas de pedra. Madeira e lã, cânhamo e palha, pão e carne salgada e grãos, tudo pegou fogo. E tampouco os homens de ferro de Harren eram feitos de pedra. Fumegantes, aos gritos, cobertos de chamas, eles correram pelos pátios e caíram dos adarves para morrer no chão abaixo. E até pedras racham e fundem sob um fogo quente o bastante. Os senhores fluviais em torno das muralhas do castelo disseram depois que as torres de Harrenhal brilharam vermelhas sob a noite, como cinco grandes velas… e, como tais, começaram a se retorcer e derreter, conforme regatos de pedra liquefeita corriam pelas laterais.

Fogo & Sangue – A Conquista de Aegon

 

Batalha no Campo de Fogo;

Arte do mês de março, por René Aigner.

Aegon voou com Balerion por cima das fileiras de seus inimigos, através de uma tormenta de lanças, pedras e flechas, e desceu repetidas vezes para banhá-los em chamas. Rhaenys e Visenya lançaram fogo de encontro aos inimigos e em sua retaguarda. O capim e o trigo seco se inflamaram imediatamente. O vento espalhou as chamas e soprou a fumaça no rosto dos homens dos dois reis, que avançavam. O cheiro de queimado levou as montarias ao pânico, e, quando a fumaça se adensou, cavalos e cavaleiros perderam toda a visão. As fileiras começaram a se desfazer à medida que as muralhas de fogo se erguiam por todos os lados. Os homens do lorde Mooton, a favor do vento e protegidos da conflagração, esperaram com arcos e lanças e se apressaram a matar os homens queimados ou em chamas que saíam aos tropeços do incêndio.

Mais tarde, a batalha receberia o nome de Campo de Fogo.

Fogo & Sangue – A Conquista de Aegon

A Boa Rainha Alysanne visita A Muralha;

Arte do mês de abril, por René Aigner.

Os homens da Patrulha da Noite ficaram tão fascinados pela dragão da rainha quanto o povo de Porto Branco, embora a rainha mesmo tenha observado que Asaprata “não gosta desta Muralha”. Mesmo que fosse verão e a Muralha chorasse, o frio do gelo ainda se fazia sentir sempre que o vento soprava, e a cada rajada a dragão sibilava e mordia o ar. “Três vezes voei com Asaprata muito acima de Castelo Negro, e três vezes tentei levá-la para o norte além da Muralha”, escreveu Alysanne para Jaehaerys, “mas em todas ela se virou para o sul de novo e se negou a ir. Ela nunca se negara a me levar aonde eu queria ir. Dei risada quando voltei a descer, para que os irmãos negros não percebessem que havia algo errado, mas aquilo me perturbou na ocasião, e ainda me perturba.”

Fogo & Sangue –  Jaehaerys e Alysanne: Triunfos e tragédias

 

Os três cronistas da Dança dos Dragões – Eustace, Cogumelo e Runciter;

Arte do mês de maio, por Chase Stone.

O septão Eustace, que serviu no septo real na Fortaleza Vermelha durante boa parte da vida e depois subiu ao posto de Mais Devoto, registrou a história mais detalhada desse período. Como confidente e confessor do rei Viserys e suas rainhas, Eustace estava bem posicionado para saber muita coisa do que acontecia. E ele não foi reticente na hora de registrar mesmo os mais chocantes e lascivos boatos e acusações, embora o texto de O reinado do rei Viserys, primeiro de seu nome, e a dança dos dragões que veio depois continue sendo uma história sóbria e um tanto tediosa.

Para equilibrar Eustace, temos O testemunho do Cogumelo, baseado no relato verbal do bobo da corte (registrado por um escriba que não incluiu seu nome) que, em várias ocasiões, ofereceu distração para o rei Viserys, a princesa Rhaenyra e os dois Aegons, o Segundo e o Terceiro. Anão de noventa centímetros com uma cabeça enorme (e, afirma ele, um membro mais enorme ainda), Cogumelo era visto como imbecil, e por isso reis e senhores e princesas não se deram ao trabalho de esconder segredos dele. Enquanto o septão Eustace registra os segredos dos quartos de dormir e bordéis em tons de sigilo e condenatórios, Cogumelo tem prazer nisso, e seu testemunho consiste basicamente de histórias e fofocas desbocadas, muitos esfaqueamentos, envenenamentos, traições, seduções e deboche. No quanto disso podemos acreditar é uma questão que o historiador honesto não pode querer responder, mas vale comentar que o rei Baelor, o Abençoado, decretou que todos os exemplares da história do Cogumelo deveriam ser queimados. Felizmente para nós, alguns escaparam do fogo.
O septão Eustace e Cogumelo nem sempre concordam nos detalhes, e às vezes seus relatos são consideravelmente diferentes um do outro, e dos registros e crônicas da corte do grande meistre Runciter e seus sucessores. Mas as histórias explicam muita coisa que poderia parecer intrigante, e relatos posteriores confirmam o suficiente das histórias deles para sugerir que contêm pelo menos uma parcela de verdade. A questão de em que acreditar e de que duvidar fica a cargo de cada estudante.
Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

Os Negros e os Verdes;

Arte do mês de junho, por Magali Villeneuve.

Mas a princesa Rhaenyra continuava se sentando no pé do Trono de Ferro sempre que seu pai presidia, e Sua Graça começou a levá-la também a reuniões do pequeno conselho. Embora muitos senhores e cavaleiros buscassem o favor dela, a princesa só tinha olhos para sor Criston Cole, o jovem campeão da Guarda Real e seu companheiro constante.

— Sor Criston protege a princesa dos inimigos, mas quem protege a princesa de sor Criston? — perguntou a rainha Alicent na corte um dia.

A amizade entre Sua Graça e a enteada acabou se mostrando pouco duradoura, pois tanto Rhaenyra quanto Alicent aspiravam ser primeira-dama do reino… e embora a rainha tivesse dado ao rei não um, mas dois herdeiros homens, Viserys não fez nada para mudar a ordem de sucessão. A Princesa de Pedra do Dragão continuou sendo a herdeira reconhecida, com metade dos senhores de Westeros jurados a defender os direitos dela. Os que perguntavam “E as decisões do Grande Conselho de 101?” percebiam que suas palavras pareciam não ser ouvidas. A questão havia sido decidida, no que dizia respeito ao rei Viserys; não era uma questão que Sua Graça desejasse revisitar.

Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

 

As Nove Viagens de Corlys Velaryon;

Arte de página dupla, por Marc Simonetti.

Mas mesmo com esses antepassados, Corlys Velaryon era um homem diferente, tão brilhante quanto inquieto, tão aventureiro quanto ambicioso. Era tradicional que os filhos do cavalo-marinho (o símbolo da Casa Velaryon) recebessem uma amostra da vida de marinheiro quando jovens, mas nenhum Velaryon antes dele ou depois incorporou a vida a bordo com a ansiedade do garoto que se tornaria o Serpente Marinha. Ele atravessou o mar estreito pela primeira vez aos seis anos para viajar até Pentos com um tio. Depois, Corlys fez viagens assim todos os anos. E ele não viajava como passageiro; ele subia em mastros, dava nós, esfregava conveses, remava, tapava buracos, erguia e baixava velas, cuidava da gávea, aprendeu a navegar e guiar. Seus capitães diziam que nunca tinham visto um marinheiro tão natural.

Aos dezesseis anos, ele se tornou capitão e levou um barco de pesca chamado Rainha do Bacalhau de Derivamarca até Pedra do Dragão e voltou. Nos anos seguintes, os navios dele foram ficando maiores e mais velozes, as viagens, mais longas e mais perigosas. Ele levou navios pela parte de baixo de Westeros para visitar Vilavelha, Lannisporto e Fidalporto, em Pyke. Viajou até Lys, Tyrosh, Pentos e Myr. Levou o Donzela do Verão até Volantis e as Ilhas do Verão, e o Lobo de Gelo para o norte, até Braavos, Atalaialeste do Mar e Durolar antes de entrar no Mar Tremente para ir a Lorath e Porto de Ibben. Em uma viagem posterior, ele e o Lobo de Gelo seguiram novamente para o norte em busca de uma suposta passagem pelo alto de Westeros, mas só encontraram mares congelados e icebergs grandes como montanhas.

Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

O Grande Torneio de Porto Real do ano 111 d.C;

Arte do mês de julho, por Chase Stone.

Em 111 DC, um grande torneio foi organizado em Porto Real, no quinto aniversário do casamento do rei com a rainha Alicent. Na festa de abertura, a rainha estava usando um vestido verde, enquanto a princesa se vestiu dramaticamente de vermelho e preto dos Targaryen. Isso foi observado, e depois virou costume se referir aos “verdes” e aos “pretos” ao falar sobre o séquito da rainha e o séquito da princesa, respectivamente. No torneio em si, os pretos se saíram muito melhor quando sor Criston Cole, usando a prenda da princesa Rhaenyra, derrubou do cavalo todos os campeões da rainha, inclusive dois primos dela e seu irmão mais novo, sor Gwayne Hightower.

Fogo & Sangue – Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão

 

The Cannibal, Grey Ghost e Sheepstealer;

Além disso, seis outros dragões fizeram toca nas cavernas fumegantes de Monte Dragão, acima do castelo. Havia Asaprata, a antiga montaria da Boa Rainha Alysanne; Fumaresia, um animal cinza-pálido que foi o orgulho e paixão de sor Laenor Velaryon; o respeitável Vermithor, que não era montado desde a morte do rei Jaehaerys. E atrás da montanha havia três dragões selvagens, nunca reivindicados nem montados por nenhum homem, vivo ou morto. A plebe os chamava de Roubovelha, Fantasma Cinza e Canibal.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: Os pretos e os verdes

 

O maior e mais velho dos dragões selvagens era Canibal, chamado assim porque se sabia que ele se alimentava da carcaça de dragões mortos e atacava os ninhos de Pedra do Dragão para se saciar com filhotes recém-nascidos e ovos. Negro como carvão e com olhos de um verde doentio, havia quem dissesse que o Canibal fizera seu covil em Pedra do Dragão antes mesmo da vinda dos Targaryen. (Tanto o grande meistre Munkun quanto o septão Eustace acham essa história extremamente improvável, assim como eu.) Houve uma dúzia de pretensos domadores de dragões que tentaram montá-lo; seu covil estava coberto com os ossos deles. Nenhuma das sementes de dragão teve a insensatez de perturbar Canibal (qualquer um que tentasse não voltava para contar história). Alguns procuraram Fantasma Cinza, mas não conseguiram encontrá-lo, pois ele era uma criatura muito arredia. Roubovelha foi mais fácil de atrair, mas ele ainda era um animal feroz e furioso e matou mais sementes do que três “dragões de castelo” juntos. Um que pretendia domá-lo (após não ter sucesso em sua busca por Fantasma Cinza) era Alyn de Casco. Roubovelha não quis saber. Quando Alyn saiu correndo do covil do dragão com o manto em chamas, foi apenas a reação rápida do irmão que lhe salvou a vida. Fumaresia afugentou o dragão selvagem enquanto Addam usava o próprio manto para abafar o fogo. Alyn Velaryon levaria as cicatrizes do encontro nas costas e nas pernas pelo resto de sua longa vida. No entanto, ele se considerava afortunado, pois viveu. Várias outras sementes ou aspirantes que pretenderam voar no dorso de Roubovelha acabaram indo parar na barriga do dragão.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado

 

 

Coroação de Rhaenyra Targaryen;

Arte do mês de setembro, por Hristo Chukov.

Contudo, era impossível fazer desaparecer o Trono de Ferro. E a rainha Rhaenyra tampouco dormiria sem reivindicar para si o assento de seu pai. Então foram acesas as tochas da sala do trono, e a rainha subiu os degraus de ferro e se sentou onde antes se sentara o rei Viserys, e antes dele o Velho Rei, e Maegor e Aenys e Aegon, o Dragão, nos dias de outrora. Com uma expressão séria, e ainda de armadura, ela ocupou aquele assento alto enquanto todo homem e toda mulher da Fortaleza Real era levado diante dela e obrigado a se ajoelhar, suplicar perdão e jurar dar a vida e a espada e a honra por ela, sua rainha.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado

 

A morte de Sor Criston Cole;

Arte do mês de outubro, por Hristo Chukov.
Exibindo uma bandeira de paz, a Mão do rei Aegon saiu para negociar com eles. Três desceram da elevação para encontrá-lo. À frente veio sor Garibald Grey, trajando armadura amassada e cota de malha. Pate de Folhalonga o acompanhava, o Matador de Leões que derrotara Jason Lannister, junto com Roddy Ruína, exibindo as cicatrizes que sofrera no Banquete dos Peixes.
— Se eu baixar meus estandartes, vocês prometem poupar nossas vidas? — perguntou sor Criston aos três.
— Fiz minha promessa aos mortos — respondeu sor Garibald. — Falei para eles que construiria um septo com ossos de traidores. Ainda faltam muitos ossos, então…
— Se houver batalha aqui — respondeu sor Criston —, muitos dos seus também vão morrer.
O nortenho Roderick Dustin riu diante dessas palavras, dizendo:
— É por isso que nós viemos. O inverno chegou. É nossa hora de ir. Não tem morte melhor do que com a espada na mão.
Sor Criston tirou sua espada longa da bainha.
— Como queiram. Podemos começar aqui, nós quatro. Eu sozinho contra vocês três. Acham que basta para uma luta?
Mas Folhalonga, Matador de Leões, respondeu: — Quero mais três. —

E, do alto do elevado, Ruivo Robb Rivers e dois de seus arqueiros ergueram seus arcos longos. Três flechas voaram sobre o campo, atingindo Cole na barriga, no pescoço e no peito.

— Não quero nenhuma canção sobre sua bravura ao morrer, Fazedor de Reis — declarou Folhalonga. — Dezenas de milhares morreram por sua causa. — Ele estava falando com um cadáver.

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante

Ataque ao Fosso dos Dragões;

Arte do mês de novembro, por Marc Simonetti.

Não há consenso algum entre os cronistas a respeito da quantidade de homens e mulheres que morreram naquela noite sob a grande redoma do Fosso dos Dragões: duzentos ou dois mil, tanto faz. Para cada homem morto, houve dez que sofreram queimaduras e sobreviveram. Trancados dentro do fosso, restringidos pelas paredes e pela redoma e presos por pesadas correntes, os dragões não conseguiram voar, nem usar as asas para evitar ataques e descer sobre seus inimigos. Eles lutaram apenas com chifres e garras e dentes, virando-se para um lado e para o outro como touros em uma arena de ratos na Baixada das Pulgas… mas esses touros cuspiam fogo. “O Fosso dos Dragões se transformou em um inferno de chamas onde homens queimados cambaleavam aos berros em meio à fumaça, enquanto a carne caía de seus ossos enegrecidos”, escreve o septão Eustace, “mas, para cada homem que caía, outros dez apareciam, gritando que os dragões precisavam morrer. Um a um, eles morreram.”

Fogo & Sangue – A morte dos dragões: Rhaenyra destituída

 

Moondancer enfrenta Sunfyre;

Arte do mês de dezembro, por Magali Villeneuve.

E foi assim que, quando o rei Aegon II voou com Sunfyre por cima do cume fumegante do Monte Dragão e desceu, na expectativa de fazer sua entrada triunfal em um castelo dominado por seus homens, depois que todos os aliados da rainha estivessem presos ou mortos, ele foi recebido por Baela Targaryen, filha do príncipe Daemon com a senhora Laena, e tão destemida quanto o pai.

Bailalua era uma dragão jovem, verde-clara, com articulações nas asas, chifres e crista cor de pérola. Sem contar as asas enormes, ela tinha o mesmo tamanho de um cavalo de batalha, e pesava menos. Mas era muito ágil, e Sunfyre, embora fosse muito maior, ainda penava com uma asa deformada e havia sofrido ferimentos novos de Fantasma Cinza.

Eles se debateram na escuridão que precede a alvorada, sombras no céu que iluminavam a noite com suas labaredas. Bailalua se esquivou das chamas de Sunfyre, de seus dentes, voou intacta por baixo das garras que tentaram pegá-la, e então fez a volta e arranhou o dragão maior por cima, abrindo um

ferimento comprido e fumegante nas costas dele e rasgando a asa avariada. As testemunhas no chão disseram que Sunfyre cambaleava no ar, penando para não cair, quando Bailalua virou e voltou a atacá-lo, cuspindo fogo. Sunfyre respondeu com um jorro incandescente de chamas douradas tão intensas que iluminaram o pátio como um segundo sol, um disparo que acertou bem nos olhos de Bailalua. É bem provável que a dragão jovem tenha ficado cega naquele instante, mas continuou voando, chocando-se com Sunfyre em uma confusão de asas e garras. Conforme eles caíam, Bailalua atacou repetidas vezes o pescoço de Sunfyre, arrancando pedaços de carne, enquanto o dragão mais velho cravava suas garras na barriga dela. Envolta em fogo e fumaça, cega e sangrando, Bailalua bateu as asas desesperadamente enquanto tentava se soltar, mas seus esforços apenas desaceleraram a queda.

Fogo & Sangue: A morte dos dragões: Rhaenyra destituída

 


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