A essa altura, todo mundo já sabe que o vídeo de Por Dentro do Episódio dessa semana deu o que falar. Até fizemos um artigo exclusivo sobre as repercussões do spoiler dos livros que David Benioff soltou “sem querer querendo”. Pra quem ainda não viu, tá aí o vídeo que é um recorde de vizualizações do segmento (mais de 600.000 views até o momento da publicação desse texto).
David fala que Stannis não volta atrás quando toma uma decisão. E é por isso que é um general militar tão efetivo, sendo essa obstinação sua força e também sua fraqueza, fazendo com que suas vontades o definam. Segundo o produtor e roteirista, a única escolha que Stannis tem é a da seguir em frente e que ele escolhe a solução que Melisandre apresentou, servindo sua filha em sacrifício ao Senhor da Luz. E ainda, que a escolha de Stannis é a da ambição versus amor pela sua família. E ele escolhe a ambição. E então ele fala o que levantou muito debate: “Quando George nos falou isso pela primeira vez, lembro que foi um momento em que olhei para Dan e pensei oh, isso é tão horrível, mas bom no sentido da história, porque tudo faz sentido. Desde o começo, vimos Stannis e Melisandre sacrificando pessoas, queimando pessoas vivas. Tanto foi falado sobre sangue real e o poder do sangue de um rei, e tudo isso resultou no sacrifício de Shireen“. E por fim, ele diz que foi um dos momentos mais horríveis de ter que se filmar para a série.
Dan fala que é uma cena que levanta a questão do que poderá acontecer se Melisandre estiver errada. E que é muito difícil entrar na cabeça de Selyse para compreendê-la. E que, bem, Selyse sempre foi fervorosa e o resultado de seu fervor foi o destino de sua filha na fogueira. A filha Shireen, que nunca teve a oportunidade de ter uma mãe de verdade. David acrescenta que quando Selyse ouviu a filha gritando por ela em agonia, a religião ficou de lado e a rainha resolveu ser mãe, mas era tarde demais.
Arya, segundo eles, está completamente dedicada em se tornar um Homem sem Face (sic) até que ela vê essa criatura monstruosa do passado. Ela escolhe falhar no primeiro teste que lhe é dado por Jaqen para espionar Meryn Trant. Arya é conduzida pela ideia da vingança há muito tempo, por sua lista e orações. E agora uma pessoa dessa lista surge diante dela, e ela vê uma oportunidade. Os produtores no entanto afirmam que pelo semblante de Jaqen não dá pra saber se ele pegou a mentira dela ou não.
David lembra de ler a cena da Arena de Daznak no livro e pensar: “Holy, shit!“. E de escrever um email para George depois de ler dizendo “Essa é uma das melhores cenas dos seus livros e eu não tenho a mínima ideia de como iremos fazê-la“. Quanto a Dany e Jorah, os produtores lembram que ela poderia parar aquilo a qualquer momento, mas não pôde, porque ela se lembra que é uma rainha e não pode voltar atrás com sua palavra. Dany está em conflito entre ter que se endurecer e ver um grande amigo morrer. E Jorah está disposto a mostrar, mesmo temendo a morte, tudo o que faria por ela. Sobre o fim, quando Dany dá as mãos para Missandei e fecha os olhos, é um momento de entrega, um momento em que ela está em paz e pronta para morrer. Mas Drogon aparece. E segundo Benioff, como já foi dito na série e nos livros, há uma conexão profunda entre Dany e Drogon, Targaryens e seus dragões. E que essa cena é uma prova de que Drogon sente e comparece quando sua mãe está em perigo. Eles se lembram da cena em que Jorah diz que é difícil ser cínico depois de ouvir dragões bebês cantando. E que esse foi o momento para Tyrion deixar de ser cínico e perceber que Dany é a escolhida (sic).
Em um próximo vídeo, Alexander Siddig e Nikolaj Coster-Waldau discutem o segmento ‘Trusting Jaime Lannister”. Alexander conta que Doran conhece muito bem Jaime, e que confia nele tanto quanto poderia enganá-lo. Pois há algo entre as palavras que eles trocam, durante a cena do desjejum. Nikolaj diz que Jaime conhece o mundo em que vive, e que é muito bom nesse jogo:
No último vídeo vemos George R. R. Martin comentando o segmento “The Fighting Pits of Meereen”. Ele fala que Meereen é a cidade de escravos especializada em produzir essas lutas entre escravos. Yunkai e Astapor também tinham arenas de luta, mas não como em Meereen, onde vemos lutadores sendo treinados, vendidos e escravizados por toda a cidade, para essa finalidade. Além da Arena de Daznak, onde milhares de pessoas podem se reunir para assistir as grandes lutas.
Ele fala sobre a impopularidade que Dany ganhou ao tentar acabar com esses atos desumanos. Pois, mesmo os libertando e matando seus mestres cruéis, ela fez pouco de seu esporte favorito. E que o maior obstáculo dela é entender como ela pode fazer com que esse povo aceite seu modo de governar. Ela acha que aquilo é feio, repulsivo e bárbaro, mas não tem o direito de lhes tirar isso.
Para acompanhar a acalorada discussão dos leitores ao redor desse episódio, visite nosso post aberto para quem não leu os livros clicando aqui, e para quem leu os livros clicando aqui.