Olá! Estamos na nona edição de Assim Falou Martin, a editoria em que o Gelo & Fogo traz declarações de George R. R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Os registros desta edição estão originalmente no Westeros.org, que gentilmente autorizou que traduzíssemos para o português.

Os relatos publicados hoje são de julho de 1999, e incluem posts de George em fóruns e correspondência com fãs. Tentamos, na tradução, manter a escrita original, na medida do possível. As ilustrações são por nossa conta (e claro, dos autores).

Para acessar a coleção completa de AFMs publicados, clique aqui. Boa leitura!

Tamanho da série

Post em fórum. 8 de julho de 1999.

Toda essa informação estava correta à época. Histórias crescem, e às vezes mais rapidamente que dragões.

A série terá seis livros. A TORMENTA DE ESPADAS será o próximo, e então A DANÇA DOS DRAGÕES, e aí OS VENTOS DE INVERNO. Ainda não estou completamente certo do título do último volume. Meu contrato diz A TIME FOR WOLVES, mas não estou totalmente contente com ele e provavelmente o mudarei se inventar algo de que goste mais.

Cronologia

Correspondência com fã, enviada por Markus Rasch. 11 de julho de 1999.

Estou tentando descobrir como o dia do nascimento de Jon se encaixa na linha do tempo da guerra, e presumi que você não simplesmente me diria quando exatamente ele nasceu. 🙂
No primeiro capítulo dele na Muralha, Jon reflete que o dia do nome dele passou há duas semanas. Presumo que esse foi o 15º. O 14º dia do nome de Dany foi no final do capítulo dela, no lado longínquo do mar Dothraki.
Então, se isso foi depois do capítulo de Jon – e do dia do nome (aparente), poderia ser concluído que Jon nasceu mais de 1 ano antes de Dany, e no mínimo 3 meses antes de a Rainha Rhaella deixar Porto Real.
Vou poupar você do resto de minhas especulações sobre a data do nascimento de Jon, uma vez que a única conclusão real é que Catelyn parece um pouco obtusa quando pensa que Ned fez Jon quando devolveu Alvorada para Ashara Dayne.

Ah… Percebo aonde você quer chegar aqui, acho…

Vou confessar, a cronologia destes livros às vezes me deixa louco. Você não acreditaria no quão frequentemente tenho que reorganizar os capítulos, tentando encontrar a única sequência perfeita. E aí, bem quando consigo encontrar direitinho, minhas editoras opinam dos dois lados do Atlântico, cada uma sugerindo uma ordem de capítulos ligeiramente diferente.

É sempre uma questão de equilíbrio, já que quero que os capítulos tenham uma certa fluidez dramática, me preocupo com que algumas tramas sejam esquecidas se não aparecerem “ao vivo” por muito tempo, e há um cabo de guerra constante entre o tempo do personagem e o tempo do leitor (um personagem pode ter dois capítulos, que ocorrem no espaço de dois dias, mas se duzentas páginas de coisas sobre outros personagens separam esses dois capítulos, o leitor vai ter a impressão de que passou muito tempo, mesmo se eu começar o segundo capítulo com “Quando ele acordou na manhã seguinte…”).

Tudo isso é uma forma longa de dizer que não, Jon não nasceu “mais de 1 ano” antes de Dany… talvez seja mais próximo de oito ou nove meses, por aí.

Pretendo publicar uma linha do tempo como um apêndice em um dos volumes posteriores, mas quando o fizer, não tenho certeza se vou começar a detalhar as coisas até os meses e os dias. Com um elenco tão grande de personagens, só cuidar dos anos já me deixa meio doido às vezes. Sem falar nas cores dos olhos de todo mundo.

Quanto a suas especulações sobre Catelyn e Ashara Dayne… (suspiro)… não é preciso dizer, Tudo Será Revelado no Momento Certo. Vou te dizer o seguinte, porém; Ashara Dayne não estava pregada no chão em Tombastela, como alguns dos fãs que me escrevem parecem presumir. Eles têm cavalos em Dorne também, sabe? E barcos (apesar de não muitos deles mesmos). Aliás (um pequeno detalhe de TORMENTA), ela era uma das damas de companhia da Princesa Elia em Porto Real, nos primeiros anos depois que Elia se casou com Rhaegar.

O resto vou deixar para os livros.

O Deus Afogado e mais

Correspondência com fã, enviada por Elio M. García, Jr.. 14 de julho de 1999.

[Este é um pedaço de um e-mai lmaior. A primeira pergunta envolvia a possibilidade de que o Deus Afogado fosse simplesmente um eco dos deuses originais dos Primeiros Homens.]

A outra é sobre o Deus Afogado. Claramente, os homens de ferro não adotaram os deuses dos filhos porque não havia nem filhos e nem (aparentemente) represeiros esculpidos lá. O Deus Afogado é uma invenção própria das Ilhas de Ferro?

Sim, é uma coisa dos nascidos do ferro.

Os Saltimbancos Sangrentos são uma companhia mercenária antiga? Ou Vargo Hoat a criou durante sua vida?

Bravos Companheiros
Os Bravos Companheiros e seus zebralos. Arte: Sidharth Chaturvedi. © Fantasy Flight Games.

Não, acho que os Bravos Companheiros vêm de antes do Bode, apesar de não serem tão antigos quanto algumas das outras companhias mercenárias. Nem tão jovens quanto outras. Não é tampouco uma companhia especialmente qohorik. Os Saltimbancos são basicamente escória de todo o oeste, e alguns do leste e do sul. Um qohorik é o líder deles agora, mas o líder anterior provavelmente era de outro lugar, e o próximo pode ser um lyseno ou um dornês ou até um ibbenês.

É isso, quanto às minhas, apesar de que a página pariu mais uma pergunta dos outros. Você não declarou as Casas Ryswell e Dustin do Norte como extintas, e eu disse isso, mas dado o fato de que o Lorde Dustin e o Sor Mark Ryswell lutaram e morreram na Torre de Alegria… Eles eram os últimos das casas deles? Acho que não, mas suponho que não seja possível ter certeza, especialmente porque nenhum Dustin ou Ryswell aparece nos romances (tanto no texto quanto nos apêndices). Até aí, nem os Burley nem os Liddle (eu acho), e certamente os Flint do Dedo de Pederneira ou algum dos lordes de Skagos também não.

Bem, Robin Flint é um dos companheiros de Catelyn quando ela cavalga até Ponteamarga, apesar de eu nunca dizer de qual ramo ele é, acho. Não, ainda existem Dustins e Ryswells no norte, e talvez até no exército de Robb. Digo, ele tinha vinte mil caras ou próximo disso quando marchou para o sul, eu não podia caracterizá-los todos. Sempre imagino que existem dúzias de lordes menores e centenas de cavaleiros e coisas do tipo de em todos esses exércitos. Simplesmente porque alguém não é mencionado não significa que não está lá.

Os lordes de Skagos, porém… são um caso especial. Skagos é um verdadeiro fim-de-mundo, com muito pouco contato com o continente. Na teoria, a ilha é parte do Norte e vassala de Winterfell. Na prática, eles na maior parte do tempo se gerem sozinhos.

Além disso, Mark Ryswell era o senhor da casa antes de morrer?

Não.

É interessante que alguns lordes nomeados cavaleiros (Sor Helman Tallhart, por exemplo) no Norte parecem ser chamados como ‘sor’ ao invés de ‘lorde’, embora isso provavelmente seja apenas preferência pessoal (Lorde Locke tem um filho cavaleiro, então pode muito bem ter sido um cavaleiro ele mesmo, e o mesmo para o Lorde Manderly.)

Sim, há mais cavaleiros no sul do Norte (por assim dizer) do que no norte do Norte, e os Manderly em particular aderiram aos Sete, cavalaria etc. Porto Branco é o grande porto do Norte, então eles ficaram mais expostos às influências do sul, e tem uma população mais mista.

Só por curiosidade sobre como um autor faz com seu trabalho – você geralmente escreve os capítulos de um certo ponto de vista em blocos? Ou os capítulos de Dany, uma vez que são geralmente desconectados do resto dos livros à medida que ela avança em sua própria trama, são mais fáceis de fazer assim? Suponho que um “embalo” ajude com um personagem difícil.

Sim, geralmente embalo em um personagem em particular e escrevo vários capítulos ou pedaços de capítulos de uma vez, antes de chegar a uma parede. Quando chego a uma parede, mudo para outro personagem. Alguns personagens são mais fáceis de escrever e alguns mais difíceis, porém. Dany e Bran sempre foram os mais difíceis, talvez porque eles sejam os mais pesados em elementos mágicos… além disso, Bran é o mais jovem das crianças com ponto de vista, e também muito restrito por causa de suas pernas. No outro lado do espectro, os capítulos de Tyrion às vezes parecem se escrever sozinhos. A mesma coisa acontecia com Ned.

Cronologia, linha do tempo e Catelyn

Correspondência com fã, enviada por Markus Rasch. 14 de julho de 1999.

Assim, a pergunta que tenho é se Catelyn deliberadamente maltratava Jon no passado – e como isso pode ter ocorrido – ou se ela ao invés disso tentava evitá-lo e ignorá-lo?

“Maus-tratos” é uma palavra carregada. Catelyn espancava Jon? Não. Ela se distanciava dele? Sim. Ela abusava dele verbalmente e o atacava? Não. (A ocasião no quarto de Bran foi obviamente um caso muito especial). Mas tenho certeza de que ela era bem protetora dos direitos de seus próprios filhos, e nesse sentido sempre traçou firmemente a linha entre bastardo e legítimo quando questões como sentar à alta mesa para a visita do rei eram levantadas.

E Jon certamente sabia que ela preferiria que ele estivesse em outro lugar.

O cerco de Ponta Tempestade

Correspondência com fã, enviada por Kay-Arne Hansen. 19 de julho de 1999.

Estava pensando sobre o cerco de Ponta Tempestade durante a Guerra contra o Rei Louco (um parêntese; a guerra teve algum nome oficial?).

Guerras não têm nomes “oficiais”… pelo menos não tinham até bem recentemente na vida real. A Primeira Guerra Mundial era chamada de “a Grande Guerra” até que tivemos a Segunda Guerra Mundial. E quando eu estava na faculdade, a História da França tinha uma coisa chamada a “Guerra dos Três Henriques”, mas os historiadores de “grandes homens” perderam para os historiadores de “tendências socioeconômicas”, então agora são “as Guerras Religiosas”.

O que é uma forma longa de dizer, alguns chamam de Rebelião de Robert, e alguns chamam de Guerra do Usurpador, e outros chamam de outras coisas.

Por que senhores poderosos do calibre de Mace Tyrell e Paxter Redwyne perderam tempo e esforços cercando um jovem lorde não-testado com (aparentemente) poucos mil homens (e estes ainda cada vez mais enfraquecidos vez mais pela fome)? E enquanto isso, o senhor supremo deles estava perdendo a guerra?

Os Targaryen haviam perdido várias batalhas (e também vencido algumas), mas eles realmente não estavam perdendo a guerra até o Tridente e o Saque de Porto Real. E aí estava tudo perdido. E cercos eram uma parte crucial da vida militar medieval. Ponta Tempestade não era estratégico geograficamente, mas era a base do poder de Robert, tão importante para a Casa Baratheon quanto Winterfell era para os Stark. Se tivesse caído, Robert teria perdido sua casa e suas terras… e dois de seus irmãos seriam reféns nas mãos do inimigo. Tudo isso são fichas importantes. Também a queda de Ponta Tempestade poderia ter convencido muitos dos senhores da tempestade que o apoiavam de que havia chegado o momento de dobrar o joelho. Então o castelo dificilmente era desimportante.

Tyrell tinha um exército considerável, mas parte de suas forças estava com Rhaegar, certamente. Rhaegar na verdade tinha superioridade numérica em relação a Robert no Tridente, embora as tropas de Robert fossem mais testadas em batalha. Não imergi ainda na história completa da batalha, mas houve bem mais em questão do que apenas dois exércitos se encontrando no Tridente. Houve uma série de batalhas prévias, cercos, escapadas, emboscadas, duelos e incursões, e combates em locais tão distantes quanto o Vale e as Marcas de Dorne.

A outra possibilidade é que Mace Tyrell pensava ser uma boa ideia que Aerys, o Rei Louco, morresse, mas não arriscaria ativamente se virar contra ele. Ao invés disso, se manteve em Ponta Tempestade, publicamente aparentando ainda estar ao lado de Aerys, e enquanto isso silenciosamente esperando que ele morresse. Quando Ned apareceu, ele recolheu seus estandartes rapidamente.

Quando Ned apareceu, Aerys, Rhaegar, e Aegon estavam mortos, e Viserys fugido. Não havia mais ninguém por quem lutar, e a guerra estava claramente perdida de qualquer forma.

O conceito moderno de “guerra total” na verdade não existia na época medieval. Exércitos eram pessoais, assim como as lealdades. O líder que quisesse lutar até a última gota de sangue poderia muito bem se ver lutando sozinho, já que seus vassalos provavelmente seriam mais espertos, e os recrutas eram mais propensos a seguir o próprio lorde do que o “general”. A rendição de Tyrell foi basicamente um ato de guerra comum. Se ele tivesse tentado dar batalha a Ned em uma causa perdida, ele poderia muito bem ter visto seus vassalos mais oportunistas desertando para o outro lado.

Tyrion e Tywin

Correspondência com fã, enviada por Markus Rasch. 27 de julho de 1999.

Tywin Lannister
Tywin Lannister se prepara para a guerra. Arte: Magali Villeneuve. © Fantasy Flight Games.

Tyrion refletiu que seu pai deveria ser capaz de derrotar Robb no oeste antes que Stannis pudesse tomar Ponta Tempestade. Esse movimento não foi um grande risco, já que Stannis poderia ter abandonado Ponta Tempestade a qualquer momento, para atacar Porto Real e os pretendentes Lannister ao trono enquanto Tywin estava ocupado no oeste?

Ponta Tempestade é um castelo enormemente formidável, e teria sido capaz de se segurar por muito mais tempo, como ocorreu durante a Rebelião de Robert, quando Stannis estava do lado de dentro, e não de fora. E tanto Tyrion quanto Tywin sabiam que Stannis era um comandante metódico ao invés de ousado, e portanto pouco tendente a deixar uma fortaleza inimiga não-tomada em sua retaguarda. Havia também o aspecto psicológico, como o próprio Stannis explica para Davos; ele não podia correr o risco de ser visto sofrendo uma “derrota”, por pequena que fosse.

A marcha de Lorde Tywin ao oeste um risco enorme? Claro que sim. É por isso que ele ficou quieto em Harrenhal por tanto tempo, esperando atrair Robb para que este o atacasse… ou que Stannis se arriscasse contra Porto Real. Nenhum de seus inimigos mordeu sua isca, porém. Foi então que ele fez uma aposta calculada.

Numa disputa com três lados (quatro lados quando Renly ainda estava no jogo), qualquer movimento decisivo é um risco… como aprendi no ensino médio jogando… sim… RISK! Mas a única forma de vencer é correr alguns desses riscos.

Mapas

Post em fórum. 28 de julho de 1999.

Haverá novos mapas em cada volume, mas não sei quando (ou se) um mapa do “mundo inteiro” vai ser disponibilizado. Até o momento não temos planos para um mapa pôster.

Algumas informações sobre cavalaria

Correspondência com fã, enviada por Maia B.. 30 de julho de 1999.

Cavaleiro Westeros
Homem sendo nomeado cavaleiro. Arte: Jason Engle. © Fantasy Flight Games.

Então se cada cavaleiro pode criar um cavaleiro como vimos em “O Cavaleiro Andante”, o que impede uma má utilização em massa por cavaleiros andantes inescrupulosos como Sor Osmund Kettleblack ou as Grandes Casas cínicas?

Pressão social. Os colegas de um cavaleiro olhariam para quem quer que fizesse isso com bastante desaprovação. Eles poderiam ganhar dinheiro, mas perderiam honra. E honra ainda é muito importante nessa cultura.

Isto é, por que Sor Osmund não nomeava cavaleiros por dinheiro, ou pelo menos por que não nomeou seus irmãos? E porque há membros de casas senhoriais que não são cavaleiros, isto é o (finado) Gerion Lannister, Willas Ryrell, Alekyne Florent, inúmeros Freys, se eles podiam facilmente nomeados por seus parentes?

Em uma cultura medieval, a cavalaria não é simplesmente uma honraria, como quando a Rainha Elizabeth nomeia Elton John cavaleiro no nosso mundo. É um trabalho, uma profissão de armas. Você precisa ter uma certa quantidade de riqueza, o suficiente para armadura e um cavalo de guerra no mínimo, e também existem obrigações. Espera-se que você lute, que responda a convocações de seu lorde, que treine e lidere grupos de homens-de-armas. Certas pessoas simplesmente não são capazes disso tudo (Willas Tyrell, Samwell Tarly), e são mais adequadas como septões, meistres ou simplesmente lordes em suas propriedades. Outros não têm interesse. Cavalaria também era em parte religiosa, e por essa razão seguidores dos deuses antigos geralmente não são nomeados, ainda que de outras formas preencham os requisitos.

E por que o Lorde Frey pediu a Robb para garantir a nomeação de Olyvar, quando ele tinha cavaleiros mais do que suficientes a sua disposição para resolver a questão?

Por que alguém iria para Harvard quando pode conseguir um diploma de sua faculdade local? Existe grande prestigio em receber sua cavalaria de um rei, um príncipe, um Guarda Real ou outros cavaleiros lendários e celebrados. Ser nomeado cavaleiro por um irmão é como beijar sua irmã (deixaremos Jaime Lannister e os Targaryen de fora dessa comparação) e ser nomeado pelo cavaleiro andante local é como se formar em uma faculdade barbeira. Você consegue um diploma, talvez não, mas não tenta entrar numa faculdade de Direito.

Além disso, bastardos nobres podem ser nomeados cavaleiros?

Qualquer homem pode ser nomeado cavaleiro.

E por que os Manderlys têm escudeiros que têm quarenta anos?

Tendemos a pensar em escudeiros como rapazes adolescentes, cavaleiros em treinamento, mas isso é apenas parte da verdade. Historicamente, havia vários homens que passavam a vida toda como escudeiros, e nunca se tornavam cavaleiros. Era bastante comum existir escudeiros de trinta ou quarenta anos, até alguns com cinquenta. Esses homens talvez não tivessem a riqueza para se tornarem cavaleiros (cavaleiros tinham que pagar por seu próprio equipamento), ou talvez não tivessem a propensão. Eles eram os correspondentes medievais de sargentos do exército de carreira, que não têm intenção de serem promovidos a tenente, muito menos general.

A pergunta que tratava da ausência dos Ryswell e dos Dustin pode ter influenciado George a inserir a subtrama envolvendo Barbrey, três livros mais tarde – em A Dança dos Dragões conhecemos a personagem, que nasceu na Casa Ryswell e se casou com o mesmo Willam Dustin que lutou e morreu na Torre de Alegria. Aliás, em A Tormenta de Espadas, o livro que estava escrevendo quando respondeu a essas perguntas, Martin já inseriu homens dos Regatos nas forças de Roose Bolton, o que também pode ter sido inspirado pela pergunta.

A pergunta sobre o mapa pôster também repercutiu no futuro, com o lançamento de The Lands of Ice and Fire em 2012 (no Brasil, como Atlas das Terras de Gelo e Fogo, em 2016).

A questão sobre cavalaria mostra mais uma vez que GRRM leva em conta inúmeras motivações e nuances individuais para compor seu mundo fictício, não tratando questões e regras de formas simplórias e automáticas – o que empresta a esse universo uma verossimilhança maior do que a média.

Na próxima semana, chegamos à edição número 10 de Assim Falou Martin. A caixa de comentários para discussão da nona edição de falas de George R. R. Martin está aberta abaixo. Para acessar a coleção completa de AFMs, clique aqui.